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Inteligência artificial é aposta do TJPE para reduzir número de processos

Desembargador Ricardo Paes Barreto detalhou, nesta quarta (18), como vai usar os "robôs" a serviço do Judiciário

Publicado em: 19/12/2024 05:20 | Atualizado em: 19/12/2024 05:17

 (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Foto: Rafael Vieira/DP Foto

Encerrando o ano à frente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Ricardo Paes Barreto fez um balanço da atuação em 2024 e definiu como meta para o ano seguinte “desafogar” os processos por meio de inteligência artificial.

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (18), o presidente afirmou que o TJPE tem “um volume absurdo de processos".
 
Ha, segundo ele, juízas e juízes acumulando duas e, às vezes, até mais unidades, cada uma com 3 a 4 mil processos.
 
"É humanamente impossível dar conta. Uma das metas é diminuir esse estoque”, afirmou.

“Há muita coisa repetida no judiciário. A inteligência artificial irá ler as peças do processo e ele é capaz de, imediatamente, fornecer a decisão em poucos segundos”, disse. 
 
 (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Foto: Rafael Vieira/DP Foto
 

Questionado se a tecnologia atuaria em todos os tipos de processos, o presidente afirmou que “os sigilosos não serão objetos da inteligência artificial e a parte criminal será a subsequente”. “O robô terá condições de ler os depoimentos, fazer juízo de valor daqueles depoimentos e dizer se aquilo corresponde ao que foi pedido ou não, mas isso é uma segunda etapa”.

Para isso ser implantado, Ricardo Paes Barreto explicou que em 2025, o TJPE promoverá um projeto de transformação digital, com apoio direto do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que aprovou um empréstimo de R$ 200 milhões. 

“Esse valor será investido na área de Tecnologia da Informação. Seja na Inteligência Artificial, aquisição de equipamentos, aquisição de softwares para que os equipamentos rodem, melhoria no cabeamento e na velocidade da internet e investimento em backups”, pontuou. 

O desembargador contou, ainda, que os servidores do Tribunal já estão começando a usar a inteligência artificial. Como exemplo de sucesso já no TJPE, Ricardo Paes Barreto contou que o desembargador Alexandre Pimentel, o coordenador da área de TI, implantou em seu gabinete a Inteligência Artificial e conseguiu deixar sua unidade em dia. 

“A atividade fim do judiciário é julgar os processos e dar os diretos de cada um o mais rápido possível e com segurança, mas só poderemos fazer com auxílio da tecnologia”, concluiu.

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