Acervo
Combate ao crime
Mais de meio milhão de reais em espécie são aprendidos em ação contra traficantes. Grupo usava contas laranjas para lavar dinheiro
Operação Laundry prendeu um dos líderes da organização e bloqueou R$ 1,5 milhão em contas bancárias
Publicado: 28/08/2024 às 12:20

Cédulas foram achadas em cofre/Foto: Polícia Civil

Deflagrada nesta quarta (28) pela Polícia Civil pernambucana, a Operação Laundry (lavanderia) apreendeu mais de meio milhão de reais em espécie em um cofre.
Também descobriu contas bancárias de fantasmas, usadas para lavar dinheiro de venda de drogas.
A ação resultou, ainda, na prisão homem apontado como operador financeiro da organização criminosa, que atuava em Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte.
Além disso, foram expedidos mais 26 mandados de busca e apreensão e de bloqueio de contas bancárias, totalizando R$ 1,5 milhão.
Os detalhes da operação foram repassados, no início da tarde, pela polícia, durante coletiva de imprensa, no Recife.
A Operação Laundry contou com 150 policiais de Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte.
Houve ações em várias cidades do Grande Recife e em Gravatá, no Agreste, onde aconteceu a prisão.
O alvo preso é conhecido como Índio. Ele é apontado como uma liderança dessa organização criminosa, que era investigada havia dois anos.
Índio morava em Paulista, no Grande Recife. Dessa cidade partiram os mandados expedidos pela Justiça.
Segundo a polícia, ele já havia sido preso anteriormente por tráfico de drogas.
Na operação, houve a preensão de dinheiro em espécie em dois locais. A maioria das cédulas estava em um cofre, em uma casa em Candeias, nem Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Ao todo, havia notas que somaram R$ 539.900,00.
Essa residência é de uma mulher, alvo de busca e apreensão.
A polícia disse que ela não conseguiu justificar como obteve esses valores, mas não cumpriu mandado de prisão.
Também houve a preensão de R$ 7 mil, em Surubim, no Agreste do Estado.
Ainda segundo a polícia, a quadrilha costumava "lavar" o dinheiro do tráfico, repassando valores para contas de amigos, parentes e cônjuges.
Esses valores eram "pulverizados" e repassados em quantias pequenas em várias contas de pessoas consideradas "laranjas" da organização.
A polícia detalhou que havia pessoas próximas que ganhavam R$ 200 por semana e quem recebesse R$ 0,20 de cada R$ 1 movimentado pelo grupo.
Os envolvidos foram autuados por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.