Saúde
Recife promove ação para diabéticos em 87 unidades de saúde
Iniciativa acontece dia 27 de março, das 08h às 12h, e é uma referência ao ritual da Semana Santa
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 27/03/2024 08:12 | Atualizado em: 27/03/2024 10:37
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| Qunatidade de açúcar no sangue deve ser medida (Foto: Divulgação) |
A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife realiza, nesta quarta (27), uma ação de cuidado integral para as pessoas com diabetes.
Denominada "Lava pés: cuidados com o pé diabético", a iniciativa é uma referência ao ritual da Semana Santa e tem como objetivo identificar precocemente possíveis alterações decorrentes da diabetes.
Ela acontece em 87 unidades de saúde e oito polos de academia da cidade, distribuídos nos 8 distritos sanitários.
Durante a atividade, os profissionais realizarão avaliações nos pés das pessoas com Diabetes Mellitus (DM) para identificar alterações precocemente e fornecer orientações sobre os cuidados necessários.
Serão analisadas possíveis deformidades, joanetes, ressecamento da pele (que pode levar a fissuras e ulcerações), anormalidades na cor, presença de calos, entre outros aspectos clínicos.
Além das avaliações, os participantes receberão informações sobre a doença, seus fatores de risco, prevenção e a importância do autocuidado.
"Será enfatizada no momento a necessidade de continuidade do cuidado integral, incluindo consultas regulares com médicos, enfermeiros e/ou dentistas para atualização de exames e encaminhamentos para especialistas, quando necessário. Essa iniciativa representa nosso compromisso maior com a saúde da população, ao oferecer cuidados preventivos e estratégicos, visando evitar complicações graves no futuro", informa a coordenadora de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Recife, Marcela da Mata.
Dados
No cenário brasileiro, a Sociedade Brasileira de Diabetes reporta uma população atual de mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença. Na capital pernambucana, 85.988 pessoas estão cadastradas no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) como pessoas com diabetes Mellitus, condição decorrente da produção insuficiente ou má absorção de insulina, o hormônio responsável pela regulação da glicose sanguínea e pelo fornecimento de energia ao organismo.
"Elevados níveis de glicemia podem desencadear complicações graves. O aumento da prevalência do Diabetes Mellitus está intrinsecamente ligado a uma série de fatores, como a transição epidemiológica, mudanças nutricionais, estilos de vida sedentários, sobrepeso, envelhecimento populacional e a prolongada expectativa de vida dos indivíduos com diabetes. A prevenção eficaz envolve a prática regular de atividades físicas, a adoção de uma dieta saudável, sem o consumo de álcool, tabaco e substâncias prejudiciais", explica a coordenadora.
A doença
Existem dois tipos: A Diabetes Tipo 1 ocorre em cerca de 10% dos brasileiro e aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. É causada por uma falha no sistema imunológico, que destrói as células responsáveis por produzir a insulina. Seus principais sintomas são: vontade de urinar diversas vezes ao dia, fome e sede constantes, perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor e náusea.
Já a Diabetes tipo 2, a qual compõe 90% dos diagnósticos da doença no Brasil, ocorre quando a insulina presente no organismo não é suficiente para controlar a taxa de açúcar. Suas principais causas são má alimentação, sedentarismo, hipertensão e fatores genéticos. O estágio anterior à doença, chamado pré-diabetes, não deve ser ignorado, visto que é o último momento no qual a condição ainda pode ser revertida. Atente-se aos sintomas apontados pelo Ministério da Saúde: infecções frequentes, visão embaçada, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e surgimento de furúnculos e feridas que demoram para cicatrizar.
Pé diabético
O chamado "pé diabético" são alterações nos pés em consequência da diabetes, que podem causar ulceração e amputação destes membros. Cerca da metade das pessoas diabéticas podem ter alterações iniciais do pé diabético sem perceberem. A amputação é 10 a 20 vezes mais comum na população com diabetes do que na população geral.
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