Acervo
Saúde
Central registra alta de transplantes em Pernambuco, em 2023; fila de espera ainda é grande
Com 11,3% a mais de cirurgias que 2022, números do Estado voltam a crescer
Publicado: 24/01/2024 às 09:16

Número de transplantes e órgãos cresceu em 2023, no comparativo com 2022/Foto: Governo de Pernambuco

A Central de Transplantes de Pernambuco fechou 2023 com um aumento de 11,3% de transplantes de órgãos e tecidos em comparação a 2022.
Segundo balanço publicado no Diário oficial desta quarta (24), foram feitos 1.531 procedimentos, no ano passado.
Mesmo sim, ainda existem 3.180 pessoas na lista de espera. De acordo com o Estado, a expectativa é chegar a índices mais favoráveis em 2024.
A negativa familiar para a doação de órgãos, em 2023, chegou a quase 60%.
Para incentivar o "sim" num momento tão difícil para os familiares, a Central de Transplantes investiu na capacitação dos profissionais de saúde, com a oferta de cursos sobre o diagnóstico de morte encefálica e de comunicação de notícias críticas para o acolhimento dos parentes dos doadores em potencial.
Em 2024, além de seguir o fluxo das qualificações nessas habilitações, a Central de Transplantes vai resgatar a política de "córnea zero".
A ideia é reduzir, a curto prazo, a lista de espera por este tecido e, posteriormente, recuperar o status que o Estado tinha no período pré-pandêmico.
Atualmente, 1.286 esperam por uma córnea, em Pernambuco.
"O nosso desafio continua para reduzir mais a taxa de negativa familiar e as condições de manutenção desses potenciais doadores, evitando as contraindicações médicas numa escala maior. É muito importante, ainda, não só reduzir essas listas como recuperar o status do córnea zero. Estamos otimistas pelos avanços alcançados em 2023.", afirmou a coordenadora da Central de Transplantes, Melissa Moura.
Balanço
O resultado de 2023 é uma retomada significativa após a queda nos transplantes registrada nos anos pandêmicos, observada por meio da avaliação do índice PMP (por milhão de população). Para entender a comparação, o PMP de Pernambuco em 2019, antes do início da pandemia de Covid-19, foi de 19,5pmp. Ano passado, a Central registrou no Estado 14pmp.
"As contraindicações são um alvo que vamos continuar trabalhando forte junto aos profissionais de saúde dos grandes hospitais notificadores do estado, dando suporte para a manutenção dos potenciais doadores, objetivando órgãos mais viáveis para o transplante. E, assim, vamos seguir em 2024 em busca do aumento do PMP do Estado, até atingir os níveis que apresentamos antes da pandemia da Covid-19", conclui Melissa Moura.