Acervo
Operação Colono
Suspeitos de crimes cibernéticos, furto e lavagem de dinheiro são alvo de ação policial
Polícia Civil conseguiu bloqueio de R$ 1 milhão de envolvidos e cumpriu mandados de busca
Publicado: 14/12/2023 às 14:20

Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão/Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) deflagrou, nesta quinta (14), uma ação contra suspeitos de crimes cibernéticos, com invasão de equipamentos, furto, estelionato e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal.
Houve, ainda, o seqüestro de R$ 1 milhão em valores nas contas bancárias e bloqueio de R$ 2 milhões em Criptoativos de dez investigados.
São oito pessoas físicas e duas empresas. Entre os alvos estão três mulheres (37 e 23 e 27 anos) e 5 homens (28, 28, 52, 62 e 37 anos).
Todas as medidas expedidas pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Petrolina, no Sertão.
A operação Colono desarticulou uma organização criminosa investigada desde junho de 2022. A operação foi deflagrada com o apoio da polícia de Goiás.
De acordo com o delegado Eronides Meneses, a polícia pernambucana começou as investigações depois de uma denúncia feita por uma empresa.
Essa companhia informou que não reconhecia três transações altas que somavam quase R$ 600 mil na sua conta bancária.
Quando os responsáveis pegaram os extratos, perceberam tinham sido pagos três boletos para o Google do Brasil.
“Iniciamos as investigações e conseguimos identificar que esse dinheiro não foi gasto com propaganda dentro da plataforma do Google e sim direcionado para contas bancárias”. disse o delegado.
As pessoas passaram a ser investigadas e foi possível rastrear que o dinheiro era distribuído entre vários integrantes.
Esses recursos também tinham sido enviados para uma empresa que comprava criptomoedas.
Como era
Ao todo, vinte policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães foram deslocados para dar cumprimento aos mandados.
As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro – LAB/PCPE.
A ação criminosa era praticada por meio de instalação de um cibernético conhecido como “cavalo de tróia” ou website falso.
A vítima entrava na conta bancária e o criminoso utilizava o mesmo acesso no equipamento dela, remotamente.
As transações e pagamentos eram efetuados pela vítima, e eles conseguiam modificar os dados, ocultando o verdadeiro site do banco.
Ninguém foi preso na operação e os envolvidos vão responder pelos crimes de Invasão de dispositivo informático, furto qualificado, fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.