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DP SOCIAL
Projeto social luta por direito e inclusão da pessoa com autismo
Cerca de 691 famílias são atendidas com as atividades, divididas entre os formatos remoto e presencial
Publicado: 28/12/2023 às 17:37

Grupo não tem uma sede física e realiza suas reuniões e encontros presenciais no Sítio Trindade/Foto: Divulgação
Para ajudar na concretização dos direitos e na inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), distúrbio do neurodesenvolvimento, na sociedade, o Grupo de Mães Vivendo com Autismo foi criado em 2021. O projeto conta cerca de 691 famílias atendidas com as atividades, divididas entre os formatos remoto e presencial. O grupo não tem uma sede física e realiza suas reuniões e encontros presenciais no Sítio Trindade, por se tornar um ambiente mais tranquilo para os jovens autistas.
As principais ações desempenhadas pelo projeto são: palestras, feiras com mães atípicas empreendedoras para divulgar o trabalho delas. Além de atendimentos com psicólogos e um professor de Educação Física para os cuidadores dos autistas, sendo abordado a atenção com a saúde e a prática de exercício físico. Também acontecem momentos de lazer e interação com as crianças, jovens e adultos autistas e a sociedade.
Uma das administradoras do grupo, Mônica Lucena, ressaltou que o principal desafio da iniciativa é a busca pelo CNPJ. Ela detalha que as pessoas não dão credibilidade a iniciativa, dificultando em parcerias e doações. “Temos como meta solidar o Grupo de Mães Vivendo com Autismo, criando o CNPJ e ser uma ONG. Também temos como objetivo conseguir um espaço físico para fornecer para nossas crianças, jovens e adultos autistas terapias ocupacional, fonoterapia, psicoterapia e atendimento de neuropediatria. E cuidar das famílias das pessoas com autismo”, contou Mônica.
A neuropsicopedagoga e psicomotricista e mãe atípica de uma criança autista, Leni Batista, explica que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é caracterizado por um desenvolvimento atípico em crianças, já sendo observado nos primeiros meses de vida. “As crianças possuem sinais e sintomas diferentes de formas variáveis com graus que vão do leve, moderado e severo. Muitas vezes, com atraso na comunicação, interações sociais e comportamentais. Elas interagem com uma proporcionalidade bem menor para a sua idade, o ideal é estimular o mais cedo possível para que a cognição não seja tão afetada por este atraso. O autismo pode ser desenvolvidos na primeira infância com o prazo de até 5 anos de idade”.
Leni detalha que existe uma necessidade muito grande de acolher as crianças com autismo em tratamento terapêutico, pois muitas delas precisam de atendimento com psicólogo, psicopedagogo, neuropsicopedagoga, fonoaudiólogo, acompanhante escolar, entre outros apoios. “As necessidades são inúmeras. Sem esquecer da família que é de suma importância para o desenvolvimento das crianças atípicas, geralmente as mães são as mais afetadas, elas simplesmente são deixadas de lado ou em segundo plano, o psicológico dessas mães são extremamente afetados pelo cansaço mental e físico. É pensando neste impacto que iniciativas como o Grupo de Mães Vivendo com autismo busca levantar a bandeira de apoio às crianças e seus familiares”.
A colaboradora do Grupo de Mães Vivendo com Autismo destaca que o trabalho do grupo leva conhecimento e acolhimento aos parentes de pessoas com autismo, mostrando uma direção a seguir. “Muitos cuidadores de pessoas autistas ficam sem caminho quando recebem o diagnóstico. Dessa maneira, fazer com que a sociedade entenda mais sobre o que é autismo e como é ser autista, é necessário para se evitar o preconceito”.
Os interessados em divulgar com a atuação do grupo pode seguir a rede social instagram, @vivendocomautismoo. Para realizar doações física e financeira, entre em contato pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (81) 98789-9009.
Se você participa de uma Organização Não Governamental (ONG) ou conhece projeto social e deseja que a história dessa ação seja contada no DP%2bSocial, sugira através do nosso e-mail: [email protected].