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Cientistas da UFPE participam de pesquisa científica sobre fitoplâncton na Antártica

Expedição faz parte dos 40 anos de existência do Programa Antártico Brasileiro (Proantar)

Publicado: 06/11/2023 às 12:16

A ideia é relacionar padrões de turbulência e a presença de redemoinhos em alguns tipos de fitoplâncton./Foto: Divulgação

A ideia é relacionar padrões de turbulência e a presença de redemoinhos em alguns tipos de fitoplâncton./Foto: Divulgação

A ideia é relacionar padrões de turbulência e a presença de redemoinhos em alguns tipos de fitoplâncton. 
Para marcar os 40 anos de existência do Programa Antártico Brasileiro  (Proantar), pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciaram uma expedição para o continente Antártico.
 
A idéia é relacionar padrões de turbulência e a presença de redemoinhos em alguns tipos de fitoplâncton. 

De acordo com a UFPE, o objetivo é investigar, o papel dos processos físico-químicos e biológicos na estruturação do ecossistema planctônico e nos ciclos biogeoquímicos na região da Confluência Brasil-Malvinas (CBM), de modo a testar a hipótese da existência de uma maior diversidade em regiões de encontro de correntes de contorno.
 
A excursão científica é coordenada pelo vice-reitor da UFPE, o professor Moacyr Araújo. 

 
Fitoplâncton
 
O Fitoplâncton é um conjunto de organismos aquáticos microscópicos, que povoam os mares, rios, lagos e represas. Composto por algas microscópicas e cianobactérias. 

Por serem fotossintetizantes, eles garantem, a oxigenação da água. Além de protagonizarem a constituição da base da cadeia alimentar aquática, uma vez que são produtores. 
 
A ideia também é explicar os motivos pelos quais a região CBM, localizada no Oceano Atlântico sudoeste, é uma área com muita diversidade planctônica.

A expedição envolve esforços conjuntos de 11 instituições, sendo sete delas nacionais e quatro estrangeiras, dos Estados Unidos, Japão e Itália.

''É uma grande oportunidade de mostrar a qualidade da ciência do mar desenvolvida na UFPE, dos trópicos às altas latitudes'', diz Moacyr Araújo, coordenador também do Projeto Mephysto. 

''Nós somos o primeiro projeto do Norte e Nordeste que está sendo coordenado por universidades do Nordeste na Antártica nos 40 anos do Proantar'', completa ele, que é docente do Departamento de Oceanografia (Docean) da UFPE

Ainda de acordo com informações da UFPE, desde o ano de 2019, o Projeto Mephysto já reuniu mais de 60 pesquisadores e docentes de 12 instituições de pesquisa e ensino, nacionais e internacionais. 

Em relação às atividades, os pesquisadores já realizaram e documentaram coletas de plâncton, microplástico e poluentes e partículas atmosféricas em 34 estações oceanográficas, com foco nesta mesma região, além do Estreito de Drake, situado entre a extremidade sul da América e a Antártica, e da própria Antártica. O projeto tem coordenação da UFPE, junto com a UFBA.

Proantar

O objetivo do Programa Antártico Brasileiro, é ampliar o conhecimento científico no continente gelado para compreender os fenômenos que ali ocorrem e a influência deles sobre o território brasileiro.
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