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/Romulo Chico/ESP DP
O recém-empossado, em sua homilia, deu o norte do que será o seu pastoreio. Dom Paulo Jackson, que era bispo da Diocese de Garanhuns, no Agreste pernambucano, desde 2015, mostrou preocupação com os mais pobres, ao falar da fome, das encostas dos morros cobertas de lama e da poluição dos rios. Ele também sinalizou que o seu arcebispado será pela busca do diálogo. “A Arquidiocese de Olinda e Recife contempla o diálogo com o poder público, ao combate à fome e à pobreza e demais dificuldades. A Igreja quer também colaborar para encontrarmos as adequadas e razoáveis soluções”, ressaltou.
Ele substitui dom Fernando Saburido, que comandou a arquidiocese por 14 anos. Monge beneditino, o arcebispo emérito passou a morar no Mosteiro de São Bento, em Olinda. Além dos bispos e arcebispos do Regional Nordeste 2, a posse reuniu representantes da CNBB, cerca de trezentos sacerdotes, setenta diáconos e cem seminaristas, autoridades e milhares de leigos católicos. Para o secretário geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, dom Paulo Jackson responde à necessidade da igreja local de ter “um bispo dinâmico, um bispo que esteja com o povo, mas também que esteja com o clero e todos os religiosos”, considerou.
O novo arcebispo de Olinda e Recife é natural de São José de Espinharas, na Paraíba, e estudou Filosofia no Instituto de Teologia do Recife e Teologia, no Seminário Imaculada Conceição, em João Pessoa. Foi ordenado presbítero no dia 17 de dezembro de 1993, aos 24 anos. Quase 22 anos após ser ordenado, no dia 20 de maio de 2015, o papa Francisco o nomeou para o comando da Diocese de Garanhuns. Em 2019, foi eleito presidente do Regional Nordeste 2 e mais recentemente, em abril de 2023, bispos e arcebispos escolheram ele como segundo vice-presidente da CNBB. Em junho, o papa o elegeu novo arcebispo de Olinda e Recife.