Acervo

/Foto: Divulgação
Com o objetivo de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o Projeto Inclusão do Amor foi criado em junho de 2020. A iniciativa também atende a demanda de empresas com mais de 100 funcionários para contratação de pessoas com deficiência, seguindo as diretrizes da legislação de cota, pela Lei 8213/91, tendo que contratar de 2% a 5% desse público. Assim, fazendo a conexão entre o empregador e a pessoa com deficiência.
A ONG atende pessoas a partir dos 18 anos, com qualquer tipo de deficiência. As atividades do projeto são baseadas em 4 Cs, que englobam as áreas da capacitação, através de um curso profissionalizante de atendimento ao público para pessoas com deficiência; o cadastro delas após a qualificação no banco de dados; Conscientização, onde são realizadas palestras e eventos sobre a contratação de pessoas com deficiência; e a Conexão, fazendo a ponte entre o indivíduo com deficiência capacitado e o mercado de trabalho. “A gente fornece o curso de atendimento ao público para pessoas com deficiência durante o programa de jovem aprendiz. Assim, conseguimos entregar ao mercado de trabalho um profissional com deficiência capacitado. Essa era uma lacuna que muitas empresas falavam sobre não contratar, por não conseguir uma pessoa com deficiência capacitada, principalmente com deficiência intelectual”, explicou Natália Alves, fundadora do projeto.
Nos eventos para conscientização e busca pela ocupação do público com deficiência no mundo corporativo também é debatida a desconstrução do capacitismo. Os integrantes do projeto participam de forma direta das realizações, que ocorrem em órgão públicos, como Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a Câmara Municipal do Recife. “Colocamos as pessoas com deficiência como protagonista desses eventos. Eles são cerimonialistas, recebem o público nos locais. Com isso, a sociedade passa a ver a pessoa com deficiência como capaz. Um dos nossos palestrantes é uma pessoa com Síndrome Down. Também temos uma bailarina que realiza apresentação artística e um fotografo que faz exposição de fotos, os dois com Down. Então, não só falamos sobre a pessoa com deficiência, a gente coloca ela para ser protagonista nos eventos, disse Natália.
Seis meses antes de Natália engravidar, um amigo a chamou para montar uma cafeteria em Recife com todos os colaboradores com Síndrome Down, inspirada nas cafeterias que existem em São Paulo e na Irlanda. O projeto não foi criado, mas ela considera que essa oportunidade foi o primeiro amor dela pela pessoa com deficiência, principalmente com síndrome down. “Após isso, eu engravidei no dia 21 de março, o Dia Internacional da Pessoa com Síndrome Down e descobri que meu filho tinha síndrome down, com três meses de gestação. Uma semana depois do diagnóstico dele, eu acordei com o projeto Inclusão do Amor na mente. Eu fiz esse projeto para ele, mas Deus mudou o rumo da história e meu filho nasceu, mas com dez dias de vida, ele faleceu. Eu estou ressignificando a dor da saudade em propósito de vida para ajudar outras pessoas com deficiência, principalmente com deficiência intelectual”, salienta a fundadora da ação.
A captação de recursos do projeto é vinda a partir do custeio das empresas pelos cursos profissionalizantes. Para saber mais sobre o projeto ou entrar em contato no Instagram, @projetoinclusaodoamor ou pelo e-mail, [email protected].
Se você participa de uma Organização Não Governamental (ONG) ou conhece projeto social e deseja que a história dessa ação seja contada no DP%2bSocial, sugira através do nosso e-mail: [email protected].