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INCLUSÃO

Plataforma ajuda estudantes com TEA a desenvolverem habilidades

Publicado: 20/06/2023 às 15:20

Participam do projeto, alunos matriculados na rede Municipal da Educação Infantil ao Ensino Fundamental e com idades entre 05 e 14 anos/Foto: Rômulo Chico/DP Fotos

Participam do projeto, alunos matriculados na rede Municipal da Educação Infantil ao Ensino Fundamental e com idades entre 05 e 14 anos/Foto: Rômulo Chico/DP Fotos

Um grupo de 245 estudantes da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes, diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), entre cinco e 14 anos, foi selecionado para participar de um programa que pode ajudar a desenvolver o aprendizado do grupo, em experiência inédita, através da plataforma Livox. O Aprender Brincando é uma parceria da Prefeitura de Jaboatão com a empresa Eu Consigo Tecnologia Assistiva e a Lego Foundation (da famosa empresa de brinquedos, com sede na Dinamarca, Europa). A apresentação foi na manhã desta terça-feira (20), no Cineteatro Samuel Campelo, em Jaboatão Centro.
 
O projeto tem como objetivo a preparação de conteúdos lúdicos motivadores do processo de aprendizagem de estudantes neurodivergentes através da plataforma. Os conteúdos pedagógicos estão sendo criados por professores da cidade, com ajuda de um grupo de 25 estudantes com TEA.
 
"Em agosto do ano passado, a empresa responsável pela plataforma entrou em contato conosco, dizendo que participariam de uma seleção com a Lego Foundation e perguntando se gostaríamos de estar juntos. Fomos selecionados entre os 170 países que participaram dessa seletiva", disse a superintendente de Direito da Pessoa com Deficiência de Jaboatão dos Guararapes, Lauriceia Tomaz.
 
Pedro Miguel do Nascimento, 13 anos, que estuda na Escola Municipal Bartolomeu de Gusmão, falou sobre a experiência que a plataforma proporciona. "O projeto que estou participando é um projeto que consiste em expandir a imaginação, criando jogos. É muito interessante e muito fácil", contou.
 
O criador da plataforma Livox, Carlos Pereira, explicou como surgiu a ideia de criar o aplicativo. Tudo começou com o nascimento de sua filha, Clara, hoje com 15 anos. Ela tem paralisia cerebral, devido a um erro médico, durante o parto. "Então, desde o momento que eu aprendi sobre o que aconteceu com ela, eu decidi fazer de tudo para poder ajudá-la. Foi daí que eu criei esse programa, que nasceu a princípio para permitir que pessoas como ela pudessem fala. No caminho, muita gente  começou a utilizar o aplicativo, no Brasil e em várias partes do mundo. Com isso as pessoas começaram a criar conteúdos não só de comunicação alternativa, mas também  educacionais, que podem ser baixados pela internet, ampliando o que o software pode fazer", relatou Carlos Pereira.

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