Sem tratamento, morre servidora de Pernambuco

Aguardando desde julho tratamento contra um câncer agressivo no fígado, faleceu na manhã desta segunda-feira a funcionária pública estadual vinculada à Universidade de Pernambuco (UPE) Maria Etiene de Azevedo Ferreira, 69 anos. Era a "Marene Azeira", pseudônimo utilizado em reportagens publicadas neste domingo para preservar a servidora e a filha, Suellen Etienne de Azevedo Ferreira Falcão, identificada como "Suenne Azeira". O corpo da servidora pública vai ser velado a partir das 9 horas desta terça-feira, no cemitério e crematório Morada da Paz, em Paulista, onde vai ser cremado às 13 horas. Duas horas depois, às 15 horas, pela Internet, ocorrerá a assembleia para discutir a situação do mesmo Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco, o Sassepe (clique aqui) que não garantiu o tratamento de Maria Etiene.

“Pode usar os nomes corretos. Não vai mais fazer diferença. Agora espero que essa denúncia seja benéfica para os demais que estão precisando do Sassepe”, disse Suellen Etienne no começo da noite. “Minha luta agora também é por todos que vi sofrendo e que sei que ainda sofrem com essa situação. São muitos”, acrescentou. Os “muitos” aos quais Suellen Etienne se refere são parte dos 180 mil beneficiários e beneficiárias que contribuem financeiramente para o Sassepe e, doentes, cobram atendimento efetivo.

A presidenta da Associação de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Assepe), Fiorentina Cabral, avisou a Suellen Etienne que vai relatar o caso de sua mãe na assembleia convocada  para esta terça-feira. E cobra providências da presidência do Instituto de Recursos Humanos (IRH), responsável pela gestão do Sassepe, da secretária de Administração, Ana Maraíza, e da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB). Antes da publicação das reportagens foram cobrados respostas e posicionamento do Sassepe, e, depois, do Governo de Pernambuco para o caso de Maria Etiene. Não houve nenhuma resposta.