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INQUÉRITO
Oficial de Justiça foi morto devido a disputa judicial pela guarda da filha, conclui inquérito
Publicado: 24/11/2022 às 21:00

/Foto: Divulgação.
O inquérito que investiga a morte do oficial de Justiça, Jorge Eduardo Lopes Borges, de 42 anos, morto a tiros no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, em 4 de setembro deste ano, foi concluído pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE). Os detalhes da investigação foram divulgados nesta quinta-feira (24), na Sede Operacional da PCPE.
Foi revelado que o crime foi motivado por uma disputa judicial pela guarda da filha de 7 anos do oficial com a ex-esposa, e apontada como mandante do crime, a médica Silvia Helena de Melo Souza.
Outras três pessoas também foram apontadas como envolvidas na morte de Jorge, sendo Silvia a mandante, dois homens foram intermediários do crime e o executor. Os intermediários chegaram a confessar e dar detalhes de como tudo foi planejado. Já a ex-esposa e o executor seguem negando a autoria. Os quatro permanecem presos.
Segundo o delegado Luiz Alberto, da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios/DHPP, a maior motivação do crime era que a médica possuía um comportamento possessivo em relação à filha e não aceitava o convívio da criança com o pai.
"Eles estavam com essa disputa judicial e houveram algumas ações desfavoráveis à indiciada. No dia 15 de agosto, ela teve um agravo de instrumento que foi rejeitado pelo pleno do Tribunal de Justiça. No dia seguinte, ela procurou o tio dela para que ele intermediasse junto a uma milícia para que desse cabo à vida da vítima", explicou o delegado.
É relatado que o tio não concordou com as ações da médica e colaborou com as investigações policiais fornecendo as conversas trocadas com a sobrinha.
Ainda segundo o delegado, outro dos envolvidos era um paciente de Silvia que era ex-presidiário e havia sido solto recentemente. Ao saber disso, a médica propôs a ele participar do crime. O suspeito, junto a um comparsa, intermediou a busca pelo executor do crime.
“Ele tinha sido solto recentemente, buscou ajuda com um comparsa, e chegaram ao profissional que é o executor do crime. O executor do crime, no dia 4, após receber uma quantia, praticou o crime como um profissional", disse o delegado.
Em 1° de setembro, Jorge havia ganhado uma espécie de guarda compartilhada, e em 4 de setembro, o crime foi executado no primeiro final de semana que o oficial passava com a filha, após deixar a criança com a mãe. Jorge foi seguido por um motoqueiro, e em seguida, morto a tiros.
Segundo a Polícia Civil não há mais uma linha que possibilite a participação de mais uma pessoa no crime e todas as diretrizes do caso foram exploradas.