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60 anos do Ceroula: Câmara Municipal do Recife faz sessão solene em homenagem à troça carnavalesca pelas suas seis décadas

Publicado: 22/11/2022 às 19:02

/Foto: Divulgação.

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A Câmara Municipal do Recife promove nesta quarta-feira, 23 de novembro, das 10h às 12h, uma SESSÃO SOLENE em homenagem aos 60 anos da Troça Carnavalesca Ceroula de Olinda, que ao longo destes anos levou alegria para os carnavais de Pernambuco. A referida indicação do vereador Rinaldo Junior (PSB) tem como finalidade prestigiar os 60 anos da criação da Troça Carnavalesca Ceroula de Olinda, Fundada em 1962, dona de um dos hinos mais conhecidos do carnaval de Pernambuco e uma das Troças Carnavalesca mais conhecida do carnaval de PE e parceira do Recife, que, por muitas vezes se apresenta no carnaval do Recife, levando sua alegria para a população de nossa cidade, que tem muitos apaixonados pela troça olindense. A troça começou com uma brincadeira de seis amigos, Cabela, Artur, Gilvan Lucilo, Jamones e Lucio. Saiu pela primeira vez no Carnaval com 16 pessoas, somente rapazes, vestindo Ceroula, camisa de manga comprida branca, gravata borboleta, colete, chapéu, bengala e sapato preto bico fino. Uma orquestra acompanhava o bloco, regado a cerveja e peixada. 

60 anos de Ceroula: uma tradição em constante transformação

A Ceroula foi fundada por cinco amigos apaixonados pela Folia de Momo, em 1962, e surgiu para concorrer com o Pijama, outra troça muito famosa na época. A ideia inicial era sair às ruas de Ceroula durante o Carnaval. "Existia a Turma do Pijama e a gente queria fazer um negócio parecido. Naquela época, algumas coisas eram proibidas pela censura", contou em entrevista ao Jornal do Commercio para o especial de Carnavais Saudosos, publicado em janeiro de 2018, Antônio Aurélio Sales, o Cabela, que faleceu poucos meses depois. A Ceroula começou pequena como uma agremiação de amigos, de familiares e com o passar do tempo foi agregando diversos foliões que se identificavam com a troça. Em 1969, ano em que os norte-americanos Michael Collins, Buzz Aldrin e Neil Armstrong foram à lua, Milton Bezerra de Alencar, compôs o Hino da Troça. A composição logo caiu no gosto do povo, o que transformou o hino da Ceroula em um dos mais executados do carnaval pernambucano e ajudou a trazer para a troça inúmeros aficionados. É lindo ver o enorme cortejo ceroulense descendo a Rua 15 de novembro, conhecida como a ladeira da prefeitura, no sábado de carnaval, cantando: “Eu vou este ano à lua, não é privilégio foguete já tem. Eu quero ver se o carnaval de rua, Collins, Aldrin e Armstrong, falam que vai bem. Eu quero ver se tem troça que escolha, como em Olinda que tem a Ceroula, mas se tiver para mim é legal, passarei lá na lua todo o carnaval”. 
 
Ceroula também é renovação

A partir de 1987, Ceroula passou a aderir uma ala feminina, saindo a cada 5 anos, e em meados dos anos 2000 as mulheres passaram a abrilhantar anualmente o nosso cortejo.

Comemoração 
 
Em 05 de janeiro de 2022, a troça celebrou os seus 60 anos, por conta dos protocolos governamentais e da pandemia da Civid-19, realizaram apenas uma singela homenagem com queima de fogos no Alto da Sé, pela manhã, e com um encontro noturno restrito a diretoria e convidados.
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