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Fundação Joaquim Nabuco celebra independência do Brasil através de exposição
Publicado: 05/05/2022 às 10:11

A mostra ficará em cartaz na Fundaj até o dia 21 deste mês/Divulgação
Dos mais de 500 anos que entrelaçam Brasil a Portugal, lá se vão 200 com a antiga colônia portuguesa na América como nação independente. E desde então, não só os laços se mantiveram, como ambos os países compartilham inúmeros traços culturais em comum, a começar pela língua. É para celebrar essa relação que a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) está recebendo uma exposição sobre o Bicentenário da Independência do Brasil até o dia 21 deste mês.
Fruto de uma parceria internacional com a Embaixada Portuguesa no Brasil, a Universidade de Coimbra, a Associação Portuguesa de Imprensa, o Instituto Camões e a Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP), a mostra segue em cartaz na Galeria Massangana, localizada no Campus Gilberto Freyre, em Casa Forte. Ela reúne, ao todo, 38 documentos inéditos pertencentes à instituição de ensino portuguesa ligados a momentos históricos das duas nações.
No dia sete de setembro, data em que se completam os 200 anos da Independência, a exposição entra em exibição em solo lusitano, no Palácio da Universidade de Coimbra.
O embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, ressaltou que esta é a primeira iniciativa institucional a celebrar o Bicentenário no Brasil. "Os primeiros eventos são sempre muito importantes, porque mostram o caminho”, afirmou.
Já o vice-reitor da Universidade de Coimbra, João Nuno, enfatizou o papel da instituição lusitana na formação de muitos brasileiros ao longo dos séculos e brindou a iniciativa. “É uma honra prestigiar o momento em que Portugal comemora 200 anos da sua antiga colônia. Isto é algo que, de fato, deve orgulhar a todos”, destacou.
O diretor de Programas do Ministério da Educação (MEC), Márcio Terra, também se disse honrado em participar do evento. “As relações entre Portugal e Brasil remontam a cinco séculos, desde a descoberta do território brasileiro até os dias atuais, vinculados que são pela língua comum e pela ancestralidade luso-brasileira”, lembrou.
O presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, João Palmeiro, recordou outro fato histórico importante ao longo deste período: a travessia do Atlântico Sul pelos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que marcou as celebrações do centenário da Independência, em 1922. “Se falo isto, é porque há dois jornais sem os quais aquela travessia não seria possível. O Diário de Notícias de Lisboa, que lançou uma edição para colher fundos, e o Diario de Pernambuco, que, quando o último hidroavião se perdeu e os dois voadores estavam sem saber como terminar a viagem, ajudou a recolher os fundos para encomendar o último hidroavião. E estes dois jornais ainda existem hoje”, relembrou.
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