ONG FAPA transforma vida de crianças e jovens

A ONG Faça Algo Por Alguém (FAPA) iniciou sua jornada em 2016, a partir de um grande anseio de seus integrantes de intervir de maneira positiva na sociedade. Com uma rede formada por 210 voluntários, hoje, a instituição realiza ações que vão desde a qualificação de jovens e adultos à doação de alimentos para pessoas carentes. Com sede localizada na Avenida Antônio Tôrres Galvão, nº 221, no bairro da Imbiribeira, a organização opera com iniciativas pontuais nas comunidades ribeirinhas da Zona Sul da capital pernambucana, como também em atividades esporádicas em localidades da Região Metropolitana do Recife, que estejam precisando de ajuda. 

A vontade de contribuir na vida do próximo se concretizou a partir da distribuição de sopa para pessoas em situação de rua. Depois a equipe de voluntários notou a necessidade de estruturar o projeto a partir da especialização sobre trabalho social, como salienta o idealizador da FAPA Eduardo Rossiter. “Começamos a estudar sobre empreendedorismo socialmente, a fazer cursos em busca de conhecimento. A partir disso, entendemos que era preciso intervir onde estamos inseridos, como em Boa Viagem, já que sou morador do bairro. Atuamos de forma estrutural, capacitando os jovens e adultos, sendo mais efetivo do que vínhamos fazendo antes. Atendemos em outras áreas também, por exemplo, se tem uma demanda social na Muribeca, mobilizamos os voluntários para resolver. Como fizemos na comunidade da Fazendinha, colocamos 80m de tubulação, para sanar o problema de saneamento básico”.

O foco principal do trabalho feito pela FAPA, é a formação e o atendimento de crianças e jovens de 5 a 16 anos, além de oferecer capacitação para jovens adultos, com o curso de mecânica de bicicletas e o de cabeleireiro, para formar escovistas. As ações do Dia das Mães, Dia das Crianças, Natal do Bem, as aulas de jiu jitsu e a campanha Ressurreição sobre Rodas são iniciativas fixas. “O nosso jiu jitsu atende 32 alunos, o professor da arte marcial  recebe uma ajuda de custo de R$ 500,00 doada por alguns voluntários que se comprometem todo mês com essa quantia. Onde atendemos, tem muita boca de fumo, tem muito tráfico de drogas. Então, essas crianças e jovens terminam se envolvendo naquilo. Quando você tira  esse menino deste meio e o coloca para fazer um esporte, ele escuta do professor palavras de incentivo, de disciplina termina somando positivamente. A campanha Ressurreição sobre Rodas tem o objetivo de captar recursos para comprar cadeiras de rodas para crianças com deficiência”, disse o fundador. 

O idealizador do projeto conta que o começo do período pandêmico foi um momento marcado pelo engajamento da população na contribuição para as pessoas necessitadas. “No auge da pandemia, onde todo mundo ficou em lockdown, não teve como uma parcela da população correr atrás do seu sustento. Nós conseguimos 4992 cestas básicas, foi muito bom. Muitas pessoas das comunidades disseram que o início da pandemia foi o período mais afortunado que eles tiveram. Ou seja, muitos alimentos, muita cesta básica. Então, terminou que houve uma mobilização significativa para que esse momento tão difícil tenha se passado com um pouco de qualidade nesse sentido”, detalhou. 

Por outro lado, com o passar do tempo, as doações caíram e seguem com um desempenho baixo. “Essa vertente solidária do brasileiro, o engajamento do voluntário do Brasil é muito baixo, apenas 4,4% da população brasileira. Então, muita gente se desprendeu, ajudou, doou e quando voltou para o período normal, diminuiu. A nossa campanha da Ressurreição sobre Rodas está enfrentando dificuldades na arrecadação. No geral, a gente atingia a meta com um pouco mais de tranquilidade e esse ano está ruim, pode ser pela inflação alta, os preço de tudo está muito alto”, falou o ativista.  

A FAPA incentiva a participação das pessoas no voluntariado, um dos estímulos é o curso, 5h30, oferecido pela entidade que discute dados sobre o voluntariado, mostra a história da FAPA, fazendo com que o voluntário tenha o entendimento sobre este universo. O curso não é um pré-requisito para se tornar um voluntário. “O curso faz a pessoa refletir, com as dinâmicas, que toda mudança e tudo começa em cada um de nós. Primeiro temos que olhar para dentro de nós mesmos e entender o quão somos pequenos e quão somos grandes. Quando a gente percebe a nossa pequenez e a partir dela conseguimos impactar o mundo. Se eu não consigo resolver e combater os monstros que estão dentro do meu coração, dificilmente, eu vou conseguir ser uma certeza de luz no mundo. Através da nossa página da FAPA no Instagram, os interessados no voluntariado podem entrar em contato e falar com a gente. Mas não é obrigatório fazer o curso para começar a amar as pessoas”, ressaltou o idealizador da ONG. 

Para conhecer mais sobre as ações da instituição ou fazer doação de cestas básicas para a entidade, o contato acontece por meio da rede social Instagram, @facaalgoporalguem. As doações em valores podem ser feitas pelos dados bancários: Banco do Brasil, Agência 2811-8, Conta Corrente 8991-5, Carlos Eduardo Pessoa Rossiter ou através do Pix, pela chave: 81991135886.