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Academia Pernambucana de Ciências emite nota de repúdio contra o Governo Federal
Publicado: 11/10/2021 às 14:41

/Foto: Divulgação
A Sociedade já percebeu o importante papel da Ciência e da Tecnologia no cotidiano, e se não basta os exemplos em resposta à pandemia, apesar dos mais de 600 mil mortos, o uso da Ciência e Tecnologia no dia a dia é inequívoco e reconhecido.
Tratamentos de câncer, cirurgias com lasers, diagnóstico com imagens via ressonância magnética são alguns exemplos do uso diário do conhecimento na vida do cidadão. Tudo isto é fruto de pesquisas muitas vezes de longo prazo, mas precisam de recursos federais.
Tratamentos de câncer, cirurgias com lasers, diagnóstico com imagens via ressonância magnética são alguns exemplos do uso diário do conhecimento na vida do cidadão. Tudo isto é fruto de pesquisas muitas vezes de longo prazo, mas precisam de recursos federais.
No Brasil, o atual Governo Federal não entende assim, e repetidas vezes ao longo dos últimos três anos tem não só atacado a Ciência e Tecnologia com o negacionismo e obscurantismo, mas também cortado recursos para pesquisas e bolsas de estudo para estudantes, principalmente da pós-graduação, que dedicam seu tempo à formação em pesquisas.
O mais recente ataque foi desferido no último dia 7 de outubro, e ainda não resolvido, quando o Ministério da Economia decidiu unilateralmente cortar 690 milhões de reais do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, o MCTI – cujo Ministro nem sabia desta decisão, segundo ele próprio, e sequer esboçou qualquer reação – recursos estes aprovados em todas as instâncias, com conhecimento e participação do próprio Ministério da Economia.
Passaram por cima de Leis recentemente aprovadas, e o Congresso, apesar de estar tentando reagir, foi conivente e aprovou a medida que fragiliza drasticamente a Ciência e Tecnologia do Brasil. A reação da comunidade científica e de vários órgãos foi imediata, mas ainda não há solução. O impacto é direto em bolsas de pesquisa, recursos e editais já anunciados e lançados para que a comunidade submeta novos projetos – muitos deles no combate à pandemia e outros temas importantes – além de pagamento de bolsas. Este cenário de terror já foi visto antes, pois “apagões” na Ciência brasileira viraram rotina.
Desde o início deste “desgoverno”, já houve cortes de recursos e bolsas, pane no sistema do CNPq (que afetou diretamente a comunidade científica), além de outras ações na CAPES que afetam os programas de avaliação das pós-graduações no País, que está suspensa por decisão judicial.
A Academia Pernambucana de Ciências (APC) e instituições pernambucanas de Educação, Ciência e Tecnologia conclamam a sociedade pernambucana e especialmente a comunidade científica para repudiar veementemente contra mais este ataque virulento contra a Ciência brasileira, cujo impacto negativo será sentido imediatamente com reflexos a médio e longo prazos. Neste sentido, a APC se junta a várias outras entidades e no dia 20 de outubro realizará um ato de repúdio contra todas estas medidas durante o II Encontro Pernambucano de Educação, Ciência e Tecnologia (ver programação em www.academiapc.org).
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