Vida Urbana
CASO MIGUEL
Defesa de Sarí Corte Real afirma que 'nunca foi estratégia defensiva responsabilizar a criança por esse trágico acidente'
Publicado: 16/09/2021 às 10:36

/Foto: Célio Avelino Romulo Chico/Esp DP
O comunicado emitido pelo advogado de Sarí, Célio Avelino, declarou que "Durante toda a audiência, Miguel foi tratado exatamente como o que ele era: uma criança normal, ativa e alegre. Compreender o contexto anterior a essa tragédia é completamente diferente de
responsabilizar ou “adultizar” uma criança – aliás, jamais se colocou em foco
qualquer conduta de Miguel", alegou a defesa em nota.
Ainda segundo a defesa, "A emoção genuína de alguém que acompanhou de perto essa
Ainda segundo a defesa, "A emoção genuína de alguém que acompanhou de perto essa
tragédia e que vem sendo vítima de restrições, xingamentos e ameaças não pode
ser confundida com “show” nem tachada de produto de um “ensaio”. Talvez tenha incomodado à Assistência da Acusação o fato de terem sido trazidas ao processo situações familiares desagradáveis presenciadas por testemunhas, que, entretanto, não serão veiculadas pela Defesa em respeito à memória da criança e por interessarem exclusivamente ao processo", anunciou.
Segunda audiência
Segunda audiência
Na manhã da quarta-feira (15), aconteceu a segunda audiência de produção de provas para o julgamento de Sarí Corte Real pela morte do menino Miguel Otávio. A audiência ocorreu no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (CICA), no bairro da Boa Vista, no Recife.
Na audiência, uma das testemunhas de Sarí é Carol Costa Júnior, psicólogo da clínica em que Miguel era atendido. No entanto, não era o profissional responsável pelo acompanhamento psicológico do menino. De acordo com Mirtes, essa estratégia é para montar uma narrativa de que Miguel tinha alguma doença, transtorno ou espectro.
Mirtes conta ainda que seu filho começou a ser atendido para lidar melhor com a separação dos pais. “Eu procurei a ajuda de um profissional de psicologia para ajudar Miguel a lidar melhor com a separação. É até aconselhado que todos os pais que se separam levem os filhos ao psicólogo. Quem frequenta psicólogo não é doente”, pontuou Mirtes.
Contudo, para o advogado de defesa de Sarí Corte Real, a expectativa é de que sua cliente não seja responsabilizada pelo crime de abandono de incapaz e que o caso não passou de um acidente, tendo em vista que o botão da cobertura não foi acionado. Porém, o laudo pericial feito pelo Instituto de Criminalística de Pernambuco (ICPAS/PE) afirma que ex-patroa de Mirtes apertou botão do elevador para a cobertura de prédio.
“Eu entendo que o movimento que está na rede social, na mídia, é um movimento legítimo, mas não vai alterar o que está no processo, nem vai ditar o ritmo da justiça. A justiça pernambucana age pelo que está no processo e não pelo que está na rua”, afirmou o advogado de defesa, Célio Avelino.
Relembre o caso
Relembre o caso
Sarí Corte Real é acusada de abandono de incapaz por deixar Miguel Otávio, de apenas 5 anos, sozinho no elevador do prédio onde morava, no 2 de junho de 2020, onde o menino subiu até o nono andar e, ao sair do elevador para a parte externa do prédio, caiu de uma altura de aproximadamente 35 metros. Na ocasião, Miguel estava sob a responsabilidade de Sarí enquanto sua mãe passeava com o animal da família. A segunda audiência é de instrução, ou seja, ainda seguirão outros capítulos até a finalização do caso.
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