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SIMULAÇÃO

Polícia Civil faz reprodução simulada de ação da PM durante protesto no Centro

Publicado: 29/07/2021 às 21:00

/Foto: Reprodução/TV Globo

/Foto: Reprodução/TV Globo

Dois meses após a ação truculenta da Polícia Militar durante um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no Centro do Recife, a Polícia Civil realizou nesta quinta-feira (29), uma reprodução simulada da agressão à vereadora Liana Cirne (PT), que foi atingida por spray de pimenta usado por um PM de dentro de uma viatura na Ponte Santa Isabel. O ataque foi uma das várias atitudes violentas dos militares durante a manifestação. No mesmo dia, dois homens que não participavam do protesto terminaram sendo atingidos por balas de borracha e perderam a visão em um dos olhos. A repercussão do caso levou o então secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, e então comandante-geral da PM, coronel Vanildo Maranhão, a deixarem seus cargos. O soldado que disparou o spray compareceu ao local encapuzado. Também estiveram presentes outros três PMs - dois sargentos e um soldado - que também ocupavam a viatura. O carro da polícia e frascos de spray foram usados na simulação, coordenada pelo Institito de Criminalística (IC). Em entrevista à TV Globo, o advogado Rafael Nunes, que defende os policiais, afirmou que eles foram "provocados" pela vereadora, que tria feito uma cena para se autopromover. "A vereadora, o tempo inteiro dirigindo seus artifícios falando de política, querendo a todo custo aparecer, querendo se autopromover. Ela criou essa situação. Ficou o tempo inteiro buscando confronto", disse. Já Liana afirmou que a defesa não tem argumentos e mente. A parlamentar refuta a tese de autopromoção. "Eu teria que adivinhar a rota dos carros, o horário em que eles teriam passado pela ponte e, principalmente, que eu seria agredida violentamente", destacou. A vereadora afirma que não participava do protesto, mas se prontificou a prestar assistência jurídica aos manefestantes. Imagens que circularam nas redes sociais mostram Liana se encaminhando à viatura para falar com os policiais, quando é atingida pelo spray de pimenta, através da janela. Ela foi deixada caída na ponte pela equipe de PMs, que deixou o local em alta velocidade. A atuação da PM também está sendo investigada pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social e pelo Ministério Público de Pernambuco.
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