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Câmara aprova requerimentos para videomonitoramento da PM e Guarda Municipal

Publicado: 07/06/2021 às 19:01

/Foto: Polícia Militar de Pernambuco/Divulgação.

/Foto: Polícia Militar de Pernambuco/Divulgação.

A Câmara Municipal do Recife aprovou por unanimidade na manhã desta segunda-feira (7), dois requerimentos solicitados pelo vereador Luiz Eustáquio (PSB) para que sejam implantadas câmeras de videomonitoramento nos uniformes e viaturas dos policiais militares do estado e na guarda municipal do Recife. De acordo com o vereador, os últimos acontecimentos no estado, nas manifestações do dia 29 de maio, que culminaram com duas pessoas cegas de um olho e um ataque à vereadora do Recife, Liana Cirne (PT) é grave comportamento de parte dos policiais, que precisa não apenas ser investigado, mas que sejam tomadas medidas eficazes para inibir o uso em excesso da força policial.

Também foi aprovado o requerimento nº 4.923/21, que solicita ao prefeito do Recife, João Campos, que a Guarda Municipal do Recife também disponha desse tipo de equipamento nos uniformes e viaturas.

"Não podemos aceitar que a Polícia que precisa proteger a população seja responsável por agressões que cheguem a tirar a visão parcial de duas pessoas. Isso é muito grave", afirmou Luiz Eustáquio (PSB). 

A vereadora Liana Cirne (PT), que recebeu uma rajada de spray de pimenta no rosto, falou da importância do requerimento. "É uma medida urgente a ser implantada no estado e eu digo que o uso de câmeras de vídeo pelos policiais irá favorecer os bons policiais e sei que é a maioria", afirmou Liana Cirne (PT). 

No Brasil, essa prática de videomonitoramento já é utilizada em São Paulo desde 2016. No Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa daquele estado aprovou um projeto de lei semelhante, que atualiza a lei de 2009, que nunca entrou em vigor. O projeto foi aprovado seis dias após a operação policial no Jacarezinho, que terminou com 25 mortos.

“Não estamos desmerecendo o trabalho dos policiais corretos, essa medida protege tanto o agente que exerce a sua função corretamente como também a população que não tem voz ativa na hora da denúncia de abuso", ressaltou Eustáquio.
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