Vida Urbana
DENÚNCIA
MPF denuncia ex-secretário de Saúde e mais cinco ex-servidores da PCR por desvios de recursos do SUS
Publicado: 24/05/2021 às 12:15

A denúncia é contra o ex-secretário de Saúde do Recife Jailson Correia e mais cinco ex-servidores/Foto: Reprodução/PCR
O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) divulgou, na manhã desta segunda-feira (24), que ofereceu, à Justiça Federal, denúncia contra o ex-secretário de Saúde do Recife Jailson Correia e mais cinco ex-servidores da Prefeitura da cidade no âmbito da Operação Apneia, deflagrada em maio do ano passado para investigar possível direcionamento e desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo como o MPF, as irregularidades teriam ocorrido em contratação, por parte da Prefeitura do Recife, da microempresa Juvanete Barreto Freire (Brasmed Veterinária) para o fornecimento de ventiladores pulmonares (respiradores) para o enfrentamento da pandemia de covid-19. A denúncia divulgada hoje é a primeira oferecida em decorrência da operação e foi assinada pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes.
A ação tem como alvos o ex-secretário de Saúde do Recife na gestão de Geraldo Julio, Jailson de Barros Correia, o ex-diretor Executivo de Administração e Finanças da Secretaria de Saúde do município, Felipe Soares Bittencourt e a ex-gerente de Conservação de Rede da Secretaria de Saúde do Recife, Mariah Simões da Mota Loureiro Amorim Bravo, bem como os empresários Juarez Freire da Silva, Juvanete Barreto Freire e Adriano César de Lima Cabral.
O MPF solicita que a Justiça Federal decrete a perda de eventual cargo público exercido pelos denunciados, bem como o pagamento de indenização para reparação dos danos morais e/ou patrimoniais apontados na denúncia.
Os denunciados na ação são acusados da prática dos crimes de dispensa indevida de licitação (atribuída a todos), peculato (Jailson de Barros Correia, Felipe Soares Bittencourt, Mariah Simões da Mota Loureiro Amorim Bravo, Juarez Freire da Silva e Juvanete Barreto Freire) e crime contra a ordem tributária (Juarez Freire da Silva e Juvanete Barreto Freire).
O MPF destacou ainda que a escolha da Juvanete Barreto Freire (Brasmed Veterinária) teria sido aberta poucos meses antes dos processos licitatórios, foi contratada por meio de duas dispensas de licitação para o fornecimento de 500 respiradores, realizadas em caráter emergencial. O órgão levou em consideração a elaboração dos “Relatórios Descritivos das Razões de Escolha do Fornecedor”, documentos que foram datados 23 dias após a efetiva escolha da empresa, que inclusive já tinha recebido o pagamento referente a um dos contratos.
O valor total dos contratos firmados com a gestão municipal foi de R$ 11,5 milhões, embora o faturamento anual da microempresa perante a Receita Federal fosse de R$ 50 mil. "A empresa também não demonstrou capacidade técnica e operacional para o fornecimento dos ventiladores", afirmou o MPF.
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