COMBATE AO RACISMO
Movimento no Recife pede pelo fim do genocídio negro
Por: Armando Holanda
Publicado em: 17/05/2021 18:48 | Atualizado em: 17/05/2021 22:09
Marlon Diego / Cortesia |
Com o mote "Nem de bala, nem de fome, nem de Covid. O povo negro quer viver", o ato serve para representar a luta do povo preto em todo o Brasil, em especial no Recife. Diferentemente dos outros atos que ocorreram Brasil afora, devido às chuvas, o movimento na capital pernambucana precisou ser adiado para esta segunda. Os demais ocorreram na última sexta-feira (13).
"Essa violência que sofremos é uma que se dá não apenas pela polícia, mas também pela falta de vacinas", bradou a membra do partido operário revolucionário, Verônica.
Também presente no movimento, a co-deputada pela Juntas, Jô Cavalcanti (PSOL), afirmou que a vigília significa "uma revolta". Ela reforçou que "esse ato é um ato de revolta, revolta contra um sistema genocida, revolta contra um sistema racista".
Nesta segunda-feira, inclusive, a Câmara do Recife aprovou a criação de uma Comissão Permanente de Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo. Ato, que diga-se, ser histórico no Brasil. O feito torna o Recife a primeira capital do Brasil a ter atingido esse feito. "Com isso, nós teremos políticas públicas efetivas para a população preta", destacou a vereadora Dani Portela (PSOL), que é autora do projeto e estava presente no ato.
"O Movimento é uma ação de rechaçamento ao que ocorreu em Jacarezinho... aquela chacina chamou atenção ao que acontece em muitas comunidades... Eles confundem guarda-chuva com espingarda e furadeira com metralhadora, mas eles nunca confundem a cor", enfatiza Dani.
O evento foi viabilizado pela Articulação Negra de Pernambuco e outros movimentos negros de Pernambuco.
Mais notícias
Mais lidas
ÚLTIMAS