Vida Urbana
FALECIMENTO
Jornalista Carlos Garcia morre vítima de Covid-19 aos 87 anos
Publicado: 27/04/2021 às 17:30

/Arquivo pessoal/Redes sociais/Reprodução
Carlos Garcia entrou para a história da Imprensa por seu compromisso ético, sua atuação humanitária e por seu profissionalismo. O jornalista esteve à frente de importantes veículos de comunicação e das Secretarias Estaduais de Imprensa e de Cultura, além de ter atuado contra o Regime Militar (1964-1985), tendo já desde 1963, lutado contra ações que culminaram no AI5.
Diante do falecimento, algumas personalidades manifestaram seu pesar pela partida do jornalista. “Garcia também se incorporou à luta democrática contra a ditadura, foi preso e torturado, mas jamais abriu mão das suas convicções. Sua partida deixa uma imensa lacuna na história do jornalismo pernambucano e brasileiro. Quero me solidarizar com seus familiares e amigos neste momento de profunda tristeza”, afirmou o governador Paulo Câmara. “O jornalista Carlos Garcia foi um dos grandes nomes da profissão em Pernambuco. Ético e competente, esteve à frente de importantes veículos de comunicação e das Secretarias Estaduais de Imprensa e de Cultura, sempre primando pela informação verdadeira e de interesse público”, acrescentou o gestor.
“São inúmeros os depoimentos da sua atuação contra o Regime Militar (1964-1985), tendo já desde 1963, na presidência da AIP, lutado contra ações que culminaram no AI5. Nas páginas dos nossos livros Ata, não faltam registros da sua atuação em defesa da democracia e dos colegas de redação. Neste momento de dor, prestamos condolências aos seus familiares e amigos”, disse o presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP), Múcio Aguiar.
“O Brasil perdeu um dos mais importantes jornalistas. Lamentamos profundamente o adeus a Carlos Garcia, que marcou toda uma geração de profissionais da comunicação, especialmente em Pernambuco, com um estilo combativo, sério e de profundas preocupações com o Nordeste e com o País. Em épocas duras, de repressão e forte censura, não se calou e, por isso mesmo, chegou a ser torturado. Mas nunca se afastou dos seus ideais. Sempre foi, inclusive, um espelho para os mais jovens. Deixa um legado que certamente nunca será esquecido. Em nome da Assembleia Legislativa, prestamos nossa solidariedade a seus familiares e amigos", escreveu o deputado e Presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Eriberto Medeiros.
Numa nota conjunta, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), manifestam condolências aos familiares e amigos.
"Garcia foi inspiração, testemunha e protagonista, esteve no centro do furacão da política brasileira, envolveu-se com as novas tecnologias jornalísticas, escreveu vários livros e ainda teve tempo para formar toda uma geração de brilhantes profissionais na sucursal do jornal O Estado de São Paulo, no Recife, à qual chefiou durante anos. Com profundo pesar, o Sinjope e a Fenaj manifestam condolências aos familiares e amigos neste momento de dor e tristeza. Um homem. Um legado histórico em defesa da democracia, do jornalismo e jornalistas. Eternas saudades!", finaliza o texto.
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