Vida Urbana
BAIXA RENDA
Acordeonista Daniel Bento faz ação social e ensina música para idosas e jovens da Zona Oeste do Recife
Publicado: 25/03/2021 às 14:40

Turma de instrumento para mulheres, antes da pandemia./Divulgação
“A ação social é uma coisa que a gente nasce para fazer. A gente vem à terra para tratar e para cuidar”. Com mais de 30 anos de uma carreira de sucesso dedicada à música, o acordeonista Daniel Bento, aos 51 anos, retoma sua paixão pelo trabalho social desenvolvendo ações em comunidades de baixa renda da Zona Oeste do Recife. O músico, que deu uma pausa na carreira para inspirar cultura nos mais necessitados, carrega no currículo apresentações em países como Espanha, França, Alemanha, Suíça, Áustria e Inglaterra, além de apresentações com nomes como Santana e Alceu Valença.
“As pessoas de baixa renda tem um problema muito sério, devido às grandes divisões sociais. Mas com a música elas podem refletir e superar os problemas referentes ao dia-a-dia. Então, comecei a ensinar música. Percussão, violão, sanfona, além de fabricar instrumentos musicais”, afirma.
O músico conta que trabalha desde os 16 anos com acordeon, instrumento que o levou a fazer composições musicais. “Tudo que fiz na minha carreira musical, onde eu consegui comprar minha casa, meu carro, tudo quem me deu foi meu trabalho com a música. Eu consegui organizar minha vida através do acordeon”, revela.
Para Daniel, a atividade com a música possibilita uma maneira de inspirar pessoas das comunidades mais carentes a conseguirem independência financeira e uma mudança de vida. “Nós fizemos algumas avaliações, e vimos que é muito impactante. Tenho vertentes de impacto para uma coisa só. A primeira, o impacto sociocultural na vida dessas pessoas. Pois aqui, eles partem para uma ação cultural. Muda-se a veste, o jeito de se expressar. A segunda, o impacto financeiro. Pois com a fabricação de instrumentos, se vê uma porta para um negócio”.

Daniel usa sua experiência para desenvolver habilidades artísticas nas pessoas que integram o Compaz Escritor Ariano Suassuna, no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, que é um centro desenvolvido pela Prefeitura do Recife, para inclusão social e fortalecimento comunitário. Segundo o músico, o trabalho desenvolvido na instituição já vem rendendo frutos.
“Venho há dois anos fazendo esse trabalho no Compaz Ariano Suassuna, que é uma das referências do meu trabalho, onde tem sido valorizado demais. Lá tenho várias turmas de baixa renda. Grupo de idosas, tenho coral, onde dou aula de canto com acordeon, e tenho um grupo chamado Tambores da Paz, que é um grupo de maracatu, onde nós mesmos fabricamos os instrumentos. E tenho o Tambores Kids, que são com crianças, onde damos uma vivência do que é maracatu e cultura. Lá, trabalho o sociocultural”, explica.
Entre as atividades geridas pelo músico estão as aulas de canto com um grupo de aproximadamente 50 idosas, além de já ter ministrado cursos de tambores, e aulas para a confecção de instrumentos musicais percussivos e manutenção de violões.
Nesse período da pandemia, Daniel explicou que algumas atividades foram suspensas. “Eu estou mantendo todos os grupos por minha conta, de forma remota nesse momento. Mas diante da aproximação da faixa etária com a campanha de vacinação para os idosos, algumas ações já podem ser desenvolvidas com os cuidados de distanciamento e medidas sanitárias. Estamos para voltar com essas ações, assim que os nossos grupos de idosos tomarem as doses da vacina contra a Covid-19. Essa volta vai começar aos poucos. O grupo Cantarolando será o primeiro a voltar, junto com as ações de manutenção dos instrumentos de tambores de maracatu, que ficaram guardados durante o período”.

Para fortalecer o empreendedorismo entre os participantes do centro, o músico também usa sua experiência na área para incentivar a formalização profissional. “Hoje em dia estamos escrevendo projetos com os grupos culturais, para podermos ter apoio do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC). E não ficar somente vinculado às aulas do Compaz e a prefeitura. Eu tento inserir eles na cadeia do SIC, tanto do estadual quanto municipal. Inclusive, muitos deles viraram microempreendedores individuais, para que fiquem formalizados”, informa.
Para Daniel Bento, que desde jovem ministra cursos de música para pessoas em vulnerabilidade social, é importante desenvolver ações culturais. “Depois de muitos anos trabalhando somente com música, percebi que precisava voltar a fazer atividades sociais, foi quando me reapaixonei. Decidi voltar nesse momento da minha vida, através de ações socioculturais, que é uma palavra que ficou na minha cabeça”, finaliza.
“As pessoas de baixa renda tem um problema muito sério, devido às grandes divisões sociais. Mas com a música elas podem refletir e superar os problemas referentes ao dia-a-dia. Então, comecei a ensinar música. Percussão, violão, sanfona, além de fabricar instrumentos musicais”, afirma.
O músico conta que trabalha desde os 16 anos com acordeon, instrumento que o levou a fazer composições musicais. “Tudo que fiz na minha carreira musical, onde eu consegui comprar minha casa, meu carro, tudo quem me deu foi meu trabalho com a música. Eu consegui organizar minha vida através do acordeon”, revela.
Para Daniel, a atividade com a música possibilita uma maneira de inspirar pessoas das comunidades mais carentes a conseguirem independência financeira e uma mudança de vida. “Nós fizemos algumas avaliações, e vimos que é muito impactante. Tenho vertentes de impacto para uma coisa só. A primeira, o impacto sociocultural na vida dessas pessoas. Pois aqui, eles partem para uma ação cultural. Muda-se a veste, o jeito de se expressar. A segunda, o impacto financeiro. Pois com a fabricação de instrumentos, se vê uma porta para um negócio”.

Daniel usa sua experiência para desenvolver habilidades artísticas nas pessoas que integram o Compaz Escritor Ariano Suassuna, no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, que é um centro desenvolvido pela Prefeitura do Recife, para inclusão social e fortalecimento comunitário. Segundo o músico, o trabalho desenvolvido na instituição já vem rendendo frutos.
“Venho há dois anos fazendo esse trabalho no Compaz Ariano Suassuna, que é uma das referências do meu trabalho, onde tem sido valorizado demais. Lá tenho várias turmas de baixa renda. Grupo de idosas, tenho coral, onde dou aula de canto com acordeon, e tenho um grupo chamado Tambores da Paz, que é um grupo de maracatu, onde nós mesmos fabricamos os instrumentos. E tenho o Tambores Kids, que são com crianças, onde damos uma vivência do que é maracatu e cultura. Lá, trabalho o sociocultural”, explica.
Entre as atividades geridas pelo músico estão as aulas de canto com um grupo de aproximadamente 50 idosas, além de já ter ministrado cursos de tambores, e aulas para a confecção de instrumentos musicais percussivos e manutenção de violões.
Nesse período da pandemia, Daniel explicou que algumas atividades foram suspensas. “Eu estou mantendo todos os grupos por minha conta, de forma remota nesse momento. Mas diante da aproximação da faixa etária com a campanha de vacinação para os idosos, algumas ações já podem ser desenvolvidas com os cuidados de distanciamento e medidas sanitárias. Estamos para voltar com essas ações, assim que os nossos grupos de idosos tomarem as doses da vacina contra a Covid-19. Essa volta vai começar aos poucos. O grupo Cantarolando será o primeiro a voltar, junto com as ações de manutenção dos instrumentos de tambores de maracatu, que ficaram guardados durante o período”.

Para fortalecer o empreendedorismo entre os participantes do centro, o músico também usa sua experiência na área para incentivar a formalização profissional. “Hoje em dia estamos escrevendo projetos com os grupos culturais, para podermos ter apoio do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC). E não ficar somente vinculado às aulas do Compaz e a prefeitura. Eu tento inserir eles na cadeia do SIC, tanto do estadual quanto municipal. Inclusive, muitos deles viraram microempreendedores individuais, para que fiquem formalizados”, informa.
Para Daniel Bento, que desde jovem ministra cursos de música para pessoas em vulnerabilidade social, é importante desenvolver ações culturais. “Depois de muitos anos trabalhando somente com música, percebi que precisava voltar a fazer atividades sociais, foi quando me reapaixonei. Decidi voltar nesse momento da minha vida, através de ações socioculturais, que é uma palavra que ficou na minha cabeça”, finaliza.
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