Vida Urbana
Covid-19
Tecnologia de exploração espacial pode contribuir para o diagnóstico precoce da Covid-19; pesquisa tem contribuição pernambucana
Publicado: 03/09/2020 às 12:53

/Miguel Medina/AFP
Segundo o acadêmico, o objetivo é utilizar câmeras térmicas para identificar se as pessoas apresentam, inicialmente, variação da temperatura corporal e a partir do resultado, encaminhar os indivíduos para realizar o teste RT-PCR. Com essa identificação, o número de pessoas que buscam os testes reduziria, fazendo com que haja uma diminuição na fila de testagem.
"Descobrimos que, quando a pessoa fica doente isso gera alterações nas taxas, fazendo com que o maior número de testes RT-PCR fossem disponibilizados. Mas a capacidade de realizar os testes é limitada. Então começamos a perceber que, quando as pessoas estão com Covid, através de uma base de dados que temos em relação com alguns laboratórios elas apresentam alguns padrões. A partir daí utilizamos a inteligência artificial para tentar identificar quais padrões aparecem nesses exames, para que nós possamos ter um indicativo e entender se essa pessoa tem o vírus ou não", explica Carmelo.
Os padrões descobertos, segundo o professor, foram analisados através de um banco de dados de laboratórios também envolvidos no projeto. Com a iniciativa, os pesquisadores notaram que outras doenças também apresentavam alterações nas taxas e padrões específicos.
"Ao invés de ficar tentando uma solução para o diagnóstico, passamos a realizar um processo de triagem através de exames simples, como o exame de sangue, por exemplo. Criamos uma funcionalidade para utilizarmos melhor os recursos que temos disponíveis. A partir daí requisitamos essa pessoa que tem o indicativo de ter contraído o coronavírus, ela realiza um exame de sangue, e aí ela tem uma chance grande de apresentar essas alterações, sendo encaminhada para fazer o teste RT-PCR", informou.
Já Héctor Azpúrua, pesquisador do Instituto Tecnológico Vale, em Minas Gerais, afirma que os cientistas já estudam usar robôs para auxiliar na detecção da presença do coronavírus em exames laboratoriais, o que permitiria realizar rapidamente a análise de dezenas de amostras. Na área da prevenção, os robôs podem ajudar a manter as superfícies limpas e livres de patógenos. Quanto a tecnologia espacial, esta seria usada na filtragem do ar e poderia ser adaptada para a desinfeção do ar interior terrestre.
Outra contribuição da tecnologia espacial ao combate à Covid-19 seria a aplicação de recursos avançados de inteligência artificial, usados para analisar proteínas ou áreas específicas do vírus, que possam ser exploradas para o desenvolvimento de vacinas ou melhorar os métodos atuais de detecção de vírus.
Apesar de avançado, o projeto ainda não tem data prevista para ser testado com o público em geral.
"Já estamos na fase burocrática para depois começar a ser utilizada na população. A tecnologia será aplicada em hospitais parceiros inicialmente e com o desenvolvimento haverá a tentativa de expandir para outros hospitais. quanto ao pessoal do grupo de risco, estamos estudando no projeto para tentar identificar o grau de risco, mas ainda estamos desenvolvendo essa tecnologia e será importante até para diferenciar os casos graves dos casos leves", concluiu Carmelo.
Outra contribuição da tecnologia espacial ao combate à Covid-19 seria a aplicação de recursos avançados de inteligência artificial, usados para analisar proteínas ou áreas específicas do vírus, que possam ser exploradas para o desenvolvimento de vacinas ou melhorar os métodos atuais de detecção de vírus.
Apesar de avançado, o projeto ainda não tem data prevista para ser testado com o público em geral.
"Já estamos na fase burocrática para depois começar a ser utilizada na população. A tecnologia será aplicada em hospitais parceiros inicialmente e com o desenvolvimento haverá a tentativa de expandir para outros hospitais. quanto ao pessoal do grupo de risco, estamos estudando no projeto para tentar identificar o grau de risco, mas ainda estamos desenvolvendo essa tecnologia e será importante até para diferenciar os casos graves dos casos leves", concluiu Carmelo.
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