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Vida Urbana
INDEPENDÊNCIA

Em versão reduzida, Grito dos Excluídos pauta saúde, meio ambiente e moradia

Publicado: 07/09/2020 às 12:47

/Foto: DP Foto

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Em uma versão reduzida por conta da pandemia, o Grito dos Excluídos realizou nesta segunda-feira a sua 26ª edição no 7 de Setembro, com o tema intitulado Vida em Primeiro Lugar - Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação!. Líderes e integrantes de movimentos sociais, sindicais, populares e religiosos se concentraram no Parque 13 de Maio, a partir das 9h, e seguiram um trajeto que contou com três paradas para pautas específicas: Grito pela saúde (Cruzamento da Rua do Hospício com Conde da Boa Vista), Grito contra o racismo e o preconceito (Ponte da Avenida Guararapes) e Grito por políticas públicas e meio ambiente (Praça do Diario).

A finalização foi na Praça do Carmo, onde foi realizado um ato em homenagem às 120 mil vítimas da pandemia da Covid-19 e em crítica ao governo de Jair Bolsonaro. Além da capital, as mobilizações também foram realizadas em cidades da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão.

Marcus Silvestre, responsável pela comunicação do evento, comentou que esse desfile com pausas para determinadas pautas foi uma estratégia. "É a primeira vez que fazemos dessa forma, pois por conta da pandemia estamos andamos em uma fila indiana e fazendo distanciamento. Então essas paradas temáticas são uma boa forma de conseguir visibilidade, levantando cartazes e símbolos de cada pauta."

Marcus comenta que o Grito dos Excluídos também foi transmitido pelas redes de várias momentos e organizações e que algumas cidades do país optaram por realizar uma edição totalmente virtual: "Preferimos manter o presencial porque o Recife tem um Grito histórico. Temos uma articulação muito boa com o movimento de saúde, das mulheres, do movimento negro, entre outros. Neste ano também estamos ressaltando o meio ambiente, que está sendo muito afetado pelo governo federal. Temos que estar muito atentos."

Paula Ferreira, representante Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (CENDHEC), ressaltou que o ato deste ano precisou ser realizado para mostrar que os direitos sociais, mesmo no contexto de pandemia, estão sendo “atacados de forma cada vez mais velada”. “Entendemos que esse é um momento de lutar pela dignidade das pessoas, pelo direito à moradia, a um espaço digno e decente. Temos que gritar diante de um governo federal que é anti-democrático. Precisamos lutar pela nossa democracia, enquanto sociedade civil. Mesmo diante de um conservadorismo extremo, é um grito para dizer que estamos resistindo.”

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