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Casa da Cultura recebe turistas, movimentando o comércio de artesanato

Publicado: 18/09/2020 às 12:54

A Casa da Cultura foi tombada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) em 1980./Foto: Peu Ricardo/ DP Foto

A Casa da Cultura foi tombada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) em 1980./Foto: Peu Ricardo/ DP Foto

A Casa da Cultura foi tombada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) em 1980.
A Casa da Cultura Luiz Gonzaga, referência como centro de comercialização de artesanato do Recife, passa por um momento inédito em seus 44 anos de funcionamento como aparelho cultural do estado: a volta turística em meio a pandemia da Covid-19. Com movimento ainda reduzido, entre artesanato local e lojinhas no que já foram celas, a Casa da Cultura recebe uma quantidade ainda pequena de turistas, mas que traz vida a antiga casa de detenção do Recife, que já foi a maior cadeia do Brasil no século XIX. Para driblar a baixa procura por artesanato, os comerciantes utilizam a internet para vender os produtos locais e aumentar a renda. 

Programado para receber, nesta sexta-feira (18), cerca de 45 turistas que estão hospedados em Porto de Galinhas, o centro cultural e de artesanato estava com os comerciantes de portas abertas aguardando os clientes para visitar as lojas. José Carlos, 47, trabalha há 27 anos na Casa Cultura e conta como enfrentou o período mais difícil de trabalho. “Há dois meses foi mais complicado, mas após esse último feriado de 7 de setembro o movimento melhorou muito devido ao número de voos que está maior para o Recife. Antes, quando a Casa da Cultura estava fechada, eu fazia artesanato para ocupar o tempo e deixar a quarentena mais leve”, relatou o comerciante. 
José Carlos,  trabalha há 27 anos na Casa Cultura e conta como enfrentou o período mais difícil de trabalho.
Juliana Rezende, responsável pela Casa da Cultura Luiz Gonzaga, relata que pequenos grupos de turistas já começam a frequentar o local e que o centro de comercialização de artesanato orientou os lojistas de acordo com os protocolos de cuidado, reforçando a obrigatoriedade do uso correto da máscara, além do álcool em gel disponível em diversos pontos da Casa da Cultura, além da verificação da temperatura na entrada. “Como as celas são pequenas, o recomendado é apenas um turista, ou uma família, por cela ou elevador, para evitar aglomerações”, explica. 

Calistenia Esnack é de Curitiba e veio passar férias com seu marido em Pernambuco. Ela conta que chegou até a Casa da Cultura Luiz Gonzaga através do guia turístico que recomendou a visita ao local. A turista relata que as férias precisaram se adaptar aos cuidados para evitar a contaminação da Covid-19. “Desde o café da manhã até a chegada aqui está sendo tudo diferente, tomando os devidos cuidados. Aqui é bem curioso. Eu e meu marido gostamos muito dessa parte de cultura e história e está sendo bem rico para a gente”. 
 

HISTÓRIA 

O edifício foi idealizado pelo engenheiro Mamede Alves Ferreira para ser um presídio de acordo com os padrões de penitenciárias francesas mais modernas da época. O local foi inaugurado em 1855, com a construção finalizada em 1867, funcionando como penitenciária por 118 anos. Atualmente, o local é o maior centro da cultura e arte pernambucana, abrigando artesanato de todo o estado, tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) em 1980.

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