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Moradores de conjunto habitacional lutam pela regularização de água e luz
Publicado: 19/06/2020 às 14:16

/Tarciso Augusto/Esp. DP Foto

No dia 20 de março, os antigos residentes receberam a chave do apartamento, onde foram informados que a estrutura estava apta para moradia. De acordo com Lidiane Maria da Silva, moradora do Conjunto há 32 anos, ao chegar na “casa nova”, o apartamento não oferecia água e nem rede elétrica.
“Quando fomos retirados pela primeira vez, um dos meus filhos tinha acabado de nascer e havia pessoas idosas também. Teve gente que se mudou para a casa dos parentes, outros foram morar de aluguel e algumas pessoas residiam na garagem do bloco. Alguns moradores nem voltaram mais, alguns até já morreram. Outros conjuntos também foram destruídos, esse foi um dos poucos que foram reerguidos”, relata.
Lidiane conta que as questões judiciais são acompanhadas pelo advogado dos moradores, mas que até o momento o progresso do caso não foi suficiente.
“Nosso advogado já fez petições e os juízes estão sempre negando. Ordenaram que a Celpe e a Compesa viessem resolver a nossa situação. Nós agora temos água e luz, mas não pagamos porque continuamos sem documentos, ou seja, se conseguirmos estes registros, quantos reais de multa e contas atrasadas teremos que quitar?”, questiona.


Devido às dificuldades apresentadas, das 32 pessoas que possuem um apartamento no bloco 34 do conjunto habitacional, apenas sete voltaram a residir no local.
“Agora nós estamos entrando com um processo contra a Caixa Econômica Federal, que é a responsável pelos documentos e não nos dá respostas desde que voltamos a morar aqui. Essa situação não pode ficar desse jeito”, desabafa Lidiane.


Com a chegada do período de chuva e o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, os moradores temem pela segurança do prédio.
“A água que cai da chuva invade os apartamentos, fizeram um piso em que a água escorre para dentro das nossas casas. Os moradores se juntaram para fazer reformas aos poucos. Ao menos temos um seguro da construtora que dura cinco anos. Depois que isso passar, nós não temos mais nada porque o imóvel já não tem mais garantias. A nossa dificuldade para tentar resolver isso é que alguns atendimentos estão suspensos por conta do coronavírus e isso atrasa ainda mais o nosso problema. Nós enviamos e-mail para as instituições mas nem sempre respondem”, conta a moradora.
Notas
“A água que cai da chuva invade os apartamentos, fizeram um piso em que a água escorre para dentro das nossas casas. Os moradores se juntaram para fazer reformas aos poucos. Ao menos temos um seguro da construtora que dura cinco anos. Depois que isso passar, nós não temos mais nada porque o imóvel já não tem mais garantias. A nossa dificuldade para tentar resolver isso é que alguns atendimentos estão suspensos por conta do coronavírus e isso atrasa ainda mais o nosso problema. Nós enviamos e-mail para as instituições mas nem sempre respondem”, conta a moradora.
Notas
Em comunicado, a Caixa Econômica Federal informou que foi responsável apenas pela mediação entre a compra dos moradores com o seguro residencial, mas que o Conjunto Habitacional Marcos Freire é de responsabilidade do Caixa Seguro, em que a maior parte das posses de suas ações são de origem holandesa.
O advogado Guilherme Veiga, responsável pelo processo movido pelos moradores, informou que entrou em contato com a Caixa Seguradora e com a Caixa Econômica Federal, mas que ambas não responderam aos questionamentos processuais.
"As duas empresas são condenadas solidárias, ou seja, estão diretamente ligadas e tem o dever de resolver o problema. Quando entrei com o processo, a Caixa Seguradora informou que a obra foi interrompida pela Caixa Econômica Federal, que cortou a verba de finalização da construção", informou.
De acordo com o advogado, o escritótio responsável pela defesa da Celpe também responde pela Caixa Seguradora, mas que apresenta respostas diferentes sobre o caso.
"Quando fomos à justiça, o advogado da Celpe informou que não seria possível realizar a ligação da eletricidade porque há falhas na estrutura. Então, como que a pessoa pode dizer que o apartamento está apto para morar? Além disso, quando questionado sobre o fornecimento dos documentos, a Caixa Seguradora informou que o procedimento não poderá ser entregue no momento devido à pandemia", informou Guilherme Veiga.
Guilherme também comunicou que entrará com um novo processo para que a Caixa estabeleça um aluguel em outro endereço para os moradores ou que as empresas reembolsem os residentes.
"As duas empresas são condenadas solidárias, ou seja, estão diretamente ligadas e tem o dever de resolver o problema. Quando entrei com o processo, a Caixa Seguradora informou que a obra foi interrompida pela Caixa Econômica Federal, que cortou a verba de finalização da construção", informou.
De acordo com o advogado, o escritótio responsável pela defesa da Celpe também responde pela Caixa Seguradora, mas que apresenta respostas diferentes sobre o caso.
"Quando fomos à justiça, o advogado da Celpe informou que não seria possível realizar a ligação da eletricidade porque há falhas na estrutura. Então, como que a pessoa pode dizer que o apartamento está apto para morar? Além disso, quando questionado sobre o fornecimento dos documentos, a Caixa Seguradora informou que o procedimento não poderá ser entregue no momento devido à pandemia", informou Guilherme Veiga.
Guilherme também comunicou que entrará com um novo processo para que a Caixa estabeleça um aluguel em outro endereço para os moradores ou que as empresas reembolsem os residentes.
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