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Segundo IBGE, Jaboatão e Cabo apresentam alto número de domicílios em regiões de favelas
Publicado: 19/05/2020 às 16:51

A pesquisa analisou os aglomerados subnormais, ou seja, comunidades, grotas, favela, palafitas e outros./Foto: Nelson Almeira/AFP
O IBGE divulgou nesta terça-feira (19) dados relativos a relação da covid-19 com os aglomerados subnormais, ou seja, comunidades, grotas, favela, palafitas e outros. O levantamento se chama "Aglomerados Subnormais: Classificação preliminar e informações de saúde para o enfrentamento à Covid-19", que fala da proximidade dessas favelas em relação a hospitais e postos de saúde, algo fundamental para analisar métodos de combate ao novo coronavírus. Segundo o estudo, quase dois terços (64,93%) desses aglomerados subnormais estão localizados a menos de dois quilômetros de distância de hospitais. Os dados estão disponíveis no site: covid19.ibge.gov.br.
Ainda segunda a pesquisa, em Pernambuco cerca de 10,55% dos domicílios são localizados em aglomerados subnormais, ocupando o sétimo lugar entre os estados da federação. Mesmo com o estudo provando que a maioria desses aglomerados se localiza perto de hospitais ou postos de saúde, o gerente de Regionalização e Classificação Territorial do IBGE, Maikon Novaes, comenta a dificuldade de conter a covid-19 nesses espaços. “A grande maioria dos aglomerados subnormais está próxima de unidades de saúde. Ou seja, o problema não é distância das unidades de saúde, mas, talvez, a falta de estrutura nessas unidades. Não sabemos detalhes dessas estruturas”, comentou.
Nas cidades com população entre 350 mil e 750 mil habitantes no estado, aparece como destaque do relatório a cidade de Jaboatão dos Guararapes, com 36,6% das habitações nessas comunidades. Já em municípios com população entre 100 mil e 350 mil habitantes, esses aglomerados aparecem em grande proporção na cidade de Cabo de Santo Agostinho, com a taxa de 46,2%. Já na faixa da população de 750 mil habitantes, Recife possui cerca de 103 701 domicílios ocupados em aglomerados subnormais, uma taxa de 19,52%, ficando atrás de capitais como Belém, Manaus, Salvador, São Luís, Fortaleza e Teresina.
As informações do próximo Censo Demográfico foram adiadas para 2021 por conta da pandemia. “Antecipamos a divulgação desses dados para mostrar qual é a situação dos aglomerados subnormais em municípios e estados, já que nessas localidades a população tem maior suscetibilidade ao contágio pela doença provocada pelo novo coronavírus, devido à grande densidade habitacional”, explica o gerente do IBGE.
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