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Mulher é presa por envolvimento no assassinato de grávida em Rio Doce

Publicado em: 21/05/2020 11:42

Ana Irys foi assassinada em abril de 2018, em um mangue de Rio Doce, em Olinda. Corpo nunca foi encontrado. (Foto: Reprodução/Facebook.)
Ana Irys foi assassinada em abril de 2018, em um mangue de Rio Doce, em Olinda. Corpo nunca foi encontrado. (Foto: Reprodução/Facebook.)
Foi presa preventivamente, na manhã dessa quarta-feira (20), uma mulher de 27 anos, acusada de participar do assassinato da grávida Ana Irys Lopes de Sá Lima, ocorrido em abril de 2018, em Rio Doce, Olinda. A vítima foi atraída para a casa da suspeita presa, onde foi espancada, torturada e, posteriormente, executada a tiros em um mangue próximo. Segundo a Polícia Civil, o mandante do crime foi o companheiro de Ana, que mesmo preso comandava o tráfico no bairro.

A Polícia começou a investigar o caso em 11 de abril de 2018, data em que Ana Irys desapareceu. “A vítima era companheira do traficante e trabalhava como aviãozinho (de droga). Quando ficou grávida, começou a se recusar a fazer as entregas e passou a exigir dinheiro dele para poder montar o enxoval da criança. Ele não gostou e determinou que o grupo criminoso chefiado por ele executasse a mulher”, relembra o delegado Guilherme Caraciolo.

A investigação identificou 14 pessoas, integrantes do mesmo grupo criminoso, que participaram de forma direta ou indireta da execução. A emboscada se deu da seguinte forma: um homem ligou para a vítima, afirmando que o traficante tinha concordado em repassar dinheiro para ela.

Em seguida, a suspeita presa hoje, na companhia de outra mulher, atraiu Ana para sua casa. Lá dentro, foi espancada e torturada. Por fim, três homens levaram a grávida para um mangue, lhe deram tiros e enterraram o corpo, que nunca foi encontrado.

Em janeiro de 2020, foi deflagrada a operação Sweet River, para prender os 14 suspeitos. Em um primeiro momento, foram presas nove pessoas. Semana passada, um homem foi localizado e capturado. E nessa quarta a suspeita foi encontrada, escondida em Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Restam foragidos outros três indivíduos.

Todos os 11 presos - incluindo a mulher capturada nessa quarta - foram indiciados por feminicídio, ocultação de cadáver, aborto, ameaça, associação para o tráfico e corrupção de menores. “O traficante chefe, que mandou executar a grávida, é um indivíduo perigoso. Está preso há mais de dez anos, mas continua comandando o tráfico em Rio Doce e San Martin”, explica Guilherme.

“Ele tem diversas condenações por homicídio, sequestro e tráfico, e vários dos crimes dele foram cometidos dentro da cadeia. Por isso, fizemos uma solicitação formal para transferi-lo a um presídio federal”, pontua o delegado.

A mulher de 27 anos presa nessa quarta foi encaminhada para a Colônia Penal do Bom Pastor, no Recife.
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