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Covid-19

Com o novo coronavírus, como fica a vida sexual?

Publicado em: 25/03/2020 16:56 | Atualizado em: 25/03/2020 17:03

É momento de explorar outras possibilidades de prazer, segundo a gerente de IST da Secretaria Estadual de Saúde, Camila Dantas. (Foto: Pixabay.)
É momento de explorar outras possibilidades de prazer, segundo a gerente de IST da Secretaria Estadual de Saúde, Camila Dantas. (Foto: Pixabay.)
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, como fica a vida sexual? No momento, as autoridades sanitárias orientam as pessoas a ficarem longe umas das outras. Apesar do contato físico ser desaconselhável, o momento é de buscar outras possibilidades para satisfazer o desejo, como explica a gerente de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Camila Dantas.

“A relação sexual padrão tem muito contato. O que pode ser explorado, neste período, são outras sensações e sentidos, para manter uma saúde sexual ativa nesse período de pandemia. É possível ter uma relação virtual, buscar a satisfação por meio de imagens, videochamadas, falas e expressões”, explica a gerente.

Obviamente, ir para a cama com máscaras não é uma atitude sensata. “É difícil você tentar ter uma relação com tantos bloqueios, como uma máscara. A gente não sabe até que ponto essa situação do coronavírus vai. Então, vamos tentar despertar outros sentidos de prazer, mantendo o distanciamento”, acrescenta.

Ainda não há evidências profundas de que o novo coronavírus seja transmitido por via sexual. “Mas basta se aproximar um pouco, trocar saliva, que você pode se infectar. Porque o vírus está no aparelho respiratório. De uma maneira geral, sabemos que há pessoas assintomáticas, que podem transmitir sem perceber”, pondera.

Legado
Na visão de Camila, quando a pandemia passar, a experiência de combate ao novo coronavírus poderá ajudar em outro setor - o das infecções sexualmente transmissíveis (IST), como HIV, sífilis e hepatite B. “Se a gente evita sair na rua para não se infectar, também tem de pensar porque não usar camisinha para não contrair uma IST, mesmo dentro de casa. Do mesmo jeito que não dá para saber quem está com a covid-19, não dá para identificar quem está com uma IST”, aponta.

“Quando superarmos essa pandemia, teremos um aprendizado para evitar outras infecções. Quantas pessoas não usam camisinha mesmo sabendo do risco de contrair sífilis ou HIV? Quantos não se vacinam contra HPV e hepatite B?”, reflete. Mesmo com distanciamento social, as pessoas não podem se descuidar do perigo das ISTs. 
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