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Secretaria Estadual de Saúde encaminha orientações sobre coronavírus a municípios e serviços de saúde

Publicado em: 23/01/2020 20:11 | Atualizado em: 23/01/2020 20:14

Coronavírus de hospedeiro desconhecido matou 17 pessoas na China. (Foto: Nicolas Asfouri/AFP)
Coronavírus de hospedeiro desconhecido matou 17 pessoas na China. (Foto: Nicolas Asfouri/AFP)
Depois de o Ministério da Saúde do Brasil instalar um Centro de Operações de Emergência (COE) para lidar com o novo coronavírus que está circulando no mundo, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) encaminhou aos municípios e serviços de saúde pernambucanos o boletim federal com todas as informações necessárias sobre a doença, além de orientações para os profissionais de saúde. A orientação dada pelo Ministério é de que as instâncias municipais e estaduais devem ficar alerta aos casos de pessoas com sintomatologia respiratória e que apresentam histórico de viagens para áreas de transmissão local nos últimos 14 dias.

Até o momento, não há detecção de nenhum caso suspeito no país, que descartou as notificações realizadas em cinco unidades da federação. As notificações ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) tinham sido feitas pelo Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Segundo o Governo Federal, elas não se enquadram nos critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para diagnosticar a doença.

Os critérios para suspeitar da presença do coronavírus no organismo, segundo a OMS, são: a pessoa ter febre e mais algum sintoma respiratório; e ter viajado para Wuhan, na China; ter tido contato com algum paciente suspeito de coronavírus ou com algum paciente com a doença já confirmada. O Ministério da Saúde informou que tem acompanhado o assunto desde as primeiras notificações de casos na cidade de Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro de 2019, e que desde o dia 3 de janeiro está monitorando junto aos estados brasileiros a situação.

“É preciso esclarecer que a definição de casos é dinâmica, porque pode mudar a partir do contexto epidemiológico. No entanto, até o momento, não há nenhum caso suspeito do novo coronavírus no Brasil", informou o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Julio Croda.

O objetivo do boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (23) é esclarecer os critérios de definição de casos suspeitos, prováveis, confirmados e descartados; o fluxo de notificação; os procedimentos para diagnóstico laboratorial; dar orientações aos profissionais de saúde; orientar os cuidados a pacientes e contactantes e dar orientações a portos, aeroportos e fronteiras. Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser notificados de forma imediata (até 24 horas) pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento de um eventual paciente.

Se houver uma suspeita, o paciente deve utilizar máscara cirúrgica e ser mantido preferencialmente em quarto privativo. Já os profissionais devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). Há ainda uma orientação para aumentar a sensibilidade da detecção de casos suspeitos em portos e aeroportos, com avisos sonoros com recomendações sobre sinais e sintomas. Além da intensificação dos procedimentos de limpeza e desinfecção.

Os coronavírus são uma família viral que causa infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Os coronavírus humanos causam doença respiratória no trato respiratório superior. Os primeiros coronavírus humanos foram identificados na década de 1960. O novo vírus já matou 18 pessoas na China e provocou mais de 600 infecções em nove países: China, Japão, Estados Unidos, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, Singapura e Arábia Saudita. 
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