Diario de Pernambuco
Busca

Calor

Registrando 40,7ºC, Pernambuco chega próximo do recorde histórico de altas temperaturas

Publicado em: 09/12/2019 20:02 | Atualizado em: 09/12/2019 21:54

Foto: Peu Ricardo/DP Foto.
O calor sentido no último fim de semana, especialmente no sábado (7), não foi apenas a conhecida “sensação térmica”. Os equipamentos medidores de temperatura registraram valores recordes em diversas regiões de Pernambuco. O município de Floresta, no sertão do estado, quebrou os valores máximos absolutos, chegando a registrar 40,7ºC. Outras cidades pernambucanas que registraram altas temperaturas foram Cabrobó (sertão) com 39,5ºC, Arcoverde (sertão) com 37ºC, Surubim (agreste) com 36ºC e São Lourenço (região metropolitana) com 35ºC. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), as áreas mais centrais do Recife, com muitos prédios e asfaltos, podem ter chegado a mais de 38ºC. 
 
“O equipamento que mede a temperatura do Recife fica no bairro da Várzea, instalado em uma área aberta, ventilada e com o solo em grama. E, em geral, a diferença de temperatura entre a Várzea e o Centro do Recife é de 4ºC. É possível que nas áreas com mais prédios e asfalto a temperatura tenha chegado aos 38ºC ou mais”, disse o meteorologista da Apac, Roni Guedes. Em Pernambuco, o maior valor térmico já registrado foi de 41ºC e Floresta quase atingiu esse recorde, que foi a maior temperatura do município já registrada. 
 
Em Salgueiro, que já chegou a atingir 39,9ºC em 2015, neste fim de semana marcou 39,4ºC. Já em Surubim, a temperatura máxima registrada foi no mês passado, com 38,1ºC e neste fim de semana com 36ºC. “Os últimos quatro anos as temperaturas sempre foram acima da média. Mas em 2015 e 2019 foram os anos mais quentes até agora. E a tendência é que os verões fiquem cada vez mais quentes por influência global. Ou seja, as altas temperaturas em Pernambuco, como em todo Brasil, estão ligadas às mudanças climáticas globais”, explicou Roni Guedes. 
 
Ainda de acordo com o meteorologista, os meses de novembro e dezembro, em geral, tendem a ser os mais quentes. A perspectiva é que as temperaturas máximas sejam registradas ainda neste mês. “Esse fenômeno acontece porque em novembro e dezembro a umidade é mais baixa, com escassez de nuvens, aumentando a ensolação na terra. Esse é um período de transição, com ausência de sistemas meteorológicos, e passado os ventos de agosto, não há circulação de vento intenso. Em janeiro e fevereiro, tem mais umidade, por consequência tem mais nuvens, reduzindo o calor. Mas ainda são meses muito quentes”, detalhou Guedes. Segundo ele, como já é costume, em janeiro deve ter precipitações no sertão, que é o período de chuva da região. Já no Recife não devem cair chuvas significativas, a menos que aconteça eventos extremos, como algum vórtice ciclônico. “Por enquanto, não dá para prever se algum evento meteorológico que traga chuva vai chegar, só quando ele se aproximar”, disse Roni Guedes. 
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL