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Técnicos do Crea fazem vistoria no Rio Ipojuca

Publicado em: 05/11/2019 12:30 | Atualizado em: 05/11/2019 13:39

Rio Ipojuca sai do Agreste até o estuário próximo à praia de Muro Alto. (Foto: Teresa Maia/Acervo DP.)
Rio Ipojuca sai do Agreste até o estuário próximo à praia de Muro Alto. (Foto: Teresa Maia/Acervo DP.)
Técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea) realizam, desde essa segunda-feira (4), uma vistoria no Rio Ipojuca, desde a nascente, no Agreste do estado, até o estuário, na praia de Muro Alto. A ação faz parte do projeto Blitz do Crea e visa atestar se houve contaminação por petróleo cru, que atingiu o litoral nordestino recentemente, e questões sanitárias do próprio curso d’água. 

A fiscalização deve ser concluída nesta terça (5), em Muro Alto. A vistoria, no terceiro rio mais poluído do Brasil, segundo levantamento do IBGE, ocorre com o objetivo de avaliar pessoalmente as condições da mata ciliar, descarte de resíduos sólidos e dejetos, além de corte de manguezais, poluição por esgoto e indústrias, pesca e cultivo ilegais, preservação da nascente, uso da água do curso para irrigação, uso de agrotóxicos e fertilizantes, existência de cativeiros e desmatamentos, entre outros.

Foram percorridos cerca de 320 quilômetros de extensão do rio. Tudo que foi visto pelos técnicos irá constar de relatório que será emitido pelo Crea, para  sensibilizar os órgãos competentes quanto à necessidade de intervenções no curso. Participaram do grupo 15 pessoas, como o presidente da instituição, Evandro Alencar, conselheiros, inspetores, fiscais e profissionais voluntários.

Na missão, os técnicos coletam amostras da água para análise físico-química que apontará a presença e os níveis de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda química de Oxigênio ou Carência química de Oxigénio (Dqo), sólidos suspensos, diluídos e totais, óleos graxos, dureza e túrbidos. Com o procedimento que também apontará questões relativas às condições de sustentabilidade, será possível verificar se o rio apresenta sinais de contaminação pelas manchas de petróleo que atingiram o estuário do Rio Ipojuca.
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