Outubro Rosa

Hospital das Clínicas promove Mutirão de Reconstrução Mamária nesta semana

Publicado em: 20/10/2019 11:13

Foto: Luciano Ferreira/PCR
Desta segunda-feira (21) até a sexta-feira (25), o Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da UFPE realizará o seu 5º Mutirão de Reconstrução Mamária, como parte das ações em celebração ao Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Dez mulheres foram pré-agendadas e farão as suas cirurgias ao longo da semana. No restante do mês, as pacientes, que tiverem encaminhamento de um mastologista ou de um oncologista de qualquer serviço público de saúde, podem comparecer ao Ambulatório de Cirurgia Plástica, no 3º andar, das 7h às 9h, de segunda a sexta-feira, para avaliação do caso e marcação do procedimento. Nos outros meses do ano, os encaminhamentos vêm da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e de outros ambulatórios do HC.

Essa foi a forma encontrada pelo Serviço de Cirurgia Plástica do HC de dar visibilidade a esse direito (por meio da Lei 12.802/2013) que todas as mulheres têm após passar pela mastectomia integrante do tratamento de câncer.

“O procedimento de reconstrução mamária hoje em dia já integra o tratamento contra o câncer de mama, ajudando na retomada da qualidade de vida e também da autoestima da mulher, algo que melhora exponencialmente após o reparo dessa parte importante de seu corpo e feminilidade”, explica o médico Rafael Anlicoara, chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HC.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo dessa doença mais comum entre as mulheres no mundo depois do câncer de pele não melanoma. Ainda segundo o Inca, em 2018, o Brasil figurou na segunda faixa mais alta de incidência de câncer de mama entre todos os países com 62,9 casos por 100 mil mulheres. Os países são agrupados em 5 faixas. Quanto à taxa de mortalidade, a situação melhora e, o Brasil ficou situado na segunda faixa mais baixa com uma taxa de 13 por 100 mil, ao lado de países desenvolvidos como EUA, Canadá e Austrália, e melhor de que alguns deles, como França e Reino Unido.

A mastectomia, cirurgia para a retirada desse tipo de câncer, acaba por comprometer parcial ou totalmente as mamas de mulheres acometidas e, por isso, a reconstrução mamária surge como a opção aplicada imediata ou posteriormente, a depender da gravidade do caso.

Lucielma Vieira ficou sabendo do mutirão pelo genro. Ela será a primeira paciente operada. No ano de 2009, após realizar um exame de rotina, recebeu o diagnóstico de câncer de mama, fez tratamento com quimioterapia e radioterapia, mas precisou ter a mama esquerda retirada. “Já fazia tempo que eu queria fazer a reconstrução, mas, por algumas intercorrências na minha família, esse projeto teve que ser adiado. Eu fiquei sabendo que o HC realizava essa cirurgia, então, resolvi que essa seria a hora, e estou muito alegre e ansiosa. Eu quero me olhar novamente no espelho”, afirma.

Ela é uma das autoras do livro “Com a cara na rua”, que traz relatos de diversas mulheres que passaram pela doença compartilhando suas histórias e experiências.

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