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Alunos fazem ato em defesa de um memorial da antiga fábrica têxtil

Publicado em: 16/10/2019 15:09 | Atualizado em: 16/10/2019 15:32

Área da antiga Fábrica Têxtil de Paulista foi tombada como patrimônio histórico pela Fundarpe, mas galpões ficaram de fora do tombamento. Crédito: Mandy Oliveira Arquivo DP
A área de 2,5 hectares, no Centro de Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), onde funcionava há 50 anos a Fábrica Têxtil Aurora, será transformada no Parque Aurora. Além do parque, o Movimento Pró-Museu defende que os dois galpões da antiga fábrica, que não estão no perímetro de tombamento estadual, sejam destinados para abrigar um museu que conte a história da fábrica e se torne também um espaço de eventos culturais.
 
Estudantes da rede municipal e do Senac fazem um ato na tarde de hoje em frente a Igreja Santa Isabel em defesa da criação do museu. Durante o ato, os alunos irão percorrer os bens tombados e não tombados do Centro Histórico de Paulista. Nesta quinta-feira, será entregue um ofício na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) dirigido ao Conselho Estadual de Preservação solicitando ampliação da área de tombamento. 
 
A caminhada sai dos galpões da antiga fábrica. O ato defenderá a ampliação da área de tombamento, solicitando ao Conselho Estadual de Preservação, o tombamento dos antigos galpões da fâbrica, os únicos ainda existentes das duas fábricas da Companhia de Tecidos Paulista (CTP). Estarão presentes mais de 100 alunos do Senac e de 5 escolas municipais. O Movimento Pró-Museu defende a ressignificação dos antigos galpões e sua transformação num memorial da indústria textil.
 
“Se os galpões forem tombados, eles não poderão ser demolidos e podem ser ressignificados com a transformação num Memorial da Indústria Têxtil”, revelou o coordenador do movimento, Ricardo Andrade, que é também suplente do Conselho Estadual de Preservação. Durante o ato, os alunos cantarão o hino de Paulista  de autoria de Joel de Andrade. 
 
O parque terá uma pista de cooper de 1,5 quilômetro de extensão, quadras poliesportivas, quadra de vôlei de praia, parque infantil, mesas de jogos, coreto e um centro de compras. A obra já foi licenciada pela Prefeitura de Paulista e faz parte de uma medida compensatória que será cumprida pela Construtura Carrilho, prevista na Lei de Uso e Ocupação do Solo. 
 
O projeto prevê ainda a ligação entre o Parque Aurora com o Paulista North Way Shopping, localizado na PE-15. No terreno, de aproximadamente 200 mil metros quadrados, já foram erguidos três blocos de habitacionais vendidos pelo Programa Social de Habitação Minha Casa, Minha Vida.  
Antiga Companhia Têxtil de Paulista (CTP) alcançou seu auge na década de 1950. Parte da área será um parque urbano. Crédito:Acervo/Fundaj

Os traços históricos da antiga Fábrica Aurora, conhecida como Companhia de Tecidos Paulista, que pertenceu à família Lundgren e vivenciou o auge da fabricação têxtil nos anos 20, serão mantidos. As três chaminés serão preservadas, já que foram tombadas como Patrimônio Histórico de Pernambuco desde 2012, pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). A casa das caldeiras e a caixa d’água também permanecerão de acordo com Antônio Carrilho, diretor da construtora.














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