setembro amarelo
Roda de conversa debate sobre prevenção do suicídio
Por: Julliana Brito
Publicado em: 19/09/2019 13:01 | Atualizado em: 19/09/2019 16:37
Nessa quarta-feira (18), o projeto Mundo do Lua organizou um evento para debater sobre a prevenção do suicídio. Profissionais especializados, militantes e alguns artistas pernambucanos se reuniram para discutir sobre o tema.
Estavam presentes nomes como Michelle Melo, Bela Maria, Nena Queiroga, Rhaí Ramos, Sidney Nicéas, Edgar Diniz, entre outros. Além disso, cinco psicólogas especialistas no assunto marcaram presença: Anna Lessa, Vírginia Fernandes, Anna Chaves, Raíssa Soares e Cristiana Gomes.
O evento começou com a apresentação de um curta produzido por alunos da Unibra. O curta mostrava a rotina de alguns jovens que em diferentes situações se sentiam negligenciados e que ao conhecer o Mundo do Lua, eles deram um rumo diferente à sua vida, buscando viver.
Com o curta, começou o debate. Intermediado por Sidney Nicéas, as três psicólogas falaram sobre sonhos, a necessidade do apoio social, a influência das redes sociais no ato, a geração da ansiedade e a necessidade de aprovação social.
Em seguida, o bastão foi passado para Maria do Céu e par Gi Carvalho, militante do 'Mães pela Diversidade'. Ambas debateram sobre ter filhos LGBTQI+ e sobre a necessidade de políticas de educação sexual e de gênero nas escolas. Segundo pesquisa, os Jovens LGBTQI pensam três vezes mais em suicídios que heterossexuais.
O escritor Rhaí Ramos contou a sua vivência e seu caso de tentativa de suicídio, que resultou no seu livro 'Morri de amor, mas sobrevivi'. Rhaí falou sobre como queria contar a sua história quanto pra si mesmo, quanto para quem pensa em cometer o ato.
Para a psicóloga Anna Chaves, tanto a criação do livro quanto do projeto Mundo do Lua foram um ponto de virada para transformar a dor em algo criativo e significativo.
O Mundo do Lua é um projeto que oferece diversos serviços para ajudar pessoas com depressão, transtornos mentais ou apenas pessoas que sintam a necessidade de serem ajudadas. O projeto foi criado em 2017 por Sibely Fernanda, que perdeu o filho em 2015 e se viu na obrigação de criar um projeto que reduza a taxa de suicídios em Pernambuco.