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ANÁLISE

Piche nas praias não foi ocasionado por vazamento de óleo da Refinaria, conclui CPRH

Publicado em: 13/09/2019 12:35 | Atualizado em: 14/09/2019 12:43

Foto: Cortesia. (Foto: Cortesia.)
Foto: Cortesia. (Foto: Cortesia.)

De acordo com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), as manchas de piche que apareceram nas praias pernambucanas na última semana não foram lançadas pelo vazamento de óleo ocorrido na Refinaria Abreu e Lima, no dia 27 de agosto. Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (13), o órgão informou que o material não é cancerígeno, mas que em contato com a pele pode causar dermatite.

Após análises, a Agência concluiu que o piche foi lançado há mais de um mês no Oceano por um navio que anida não foi identificado. Técnicos da CPRH e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), identificaram que a embarcação estava a uma distância de mais de 100 quilômetros da costa pernambucana. O mesmo tipo de material ainda foi encontrados nas praias dos estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

SAIBA MAIS: Refinaria Abreu e Lima é multada em mais de R$ 700 mil por vazamento de óleo

Os órgãos ambientais estão fazendo levantamento de imagens de satélite da área costeira do estado, com o apoio do Governo Federal, para conseguir identificar os responsáveis pelo lançamento do material, já que se trata de um ato criminoso com punição que pode chegar a 50 milhões de reais. A área de geoarreferenciamento da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e de Suape devem obter as imagens de satélite e o departamento de oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) fará os cálculos de identificação do local do lançamento. 

A Coordenação Geral de Emergência Ambiental do Ibama está realizando vistorias para apurar os impactos da fauna e flora marinha. O órgão ainda descartou que o piche tenha relação com vazamento de petróleo por não ter plataformas nesta região da costa brasileira. Além disso, a Capitania dos Portos também foi acionada.
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