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Carro clonado leva polícia até oficina de adulteração em Camaragibe

Publicado em: 11/09/2019 15:36 | Atualizado em: 11/09/2019 15:49

Oficina de adulteração ficava no bairro do Timbi, em Camaragibe - Divulgação/Polícia Civil
Uma checagem de veículo clonado levou a Polícia Civil a encontrar uma oficina, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, onde se adulterava carros e motos. O fato aconteceu nessa segunda-feira (9), quando foi deflagrada a operação Espólio. Ela resultou na prisão, em flagrante, de oito pessoas suspeitas de integrar uma organização especializada em roubo, furto e clonagem de veículos, bem como assaltar caixas eletrônicos.

Todos os presos foram indiciados por organização criminosa armada. Os detalhes da operação foram repassados à imprensa em coletiva nesta quarta (12). A ação foi realizada pela Polícia Civil em conjunto com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), visto que o líder do bando seria o presidiário Renato Lira Alves de Souza, de 33 anos. Apesar de cumprir pena no Presídio de Igarassu, Renato comandava as ações. 

O veículo clonado que desencadeou as apreensões e prisões pertencia a um criminoso chamado de Pedrinho, um dos suspeitos mortos em confronto com a Polícia Civil pernambucana na Paraíba, na madrugada de 2 de julho. O automóvel estava na frente de uma casa em Camaragibe. Ao chegar lá, a equipe policial atestou a adulteração. 

“Essa quadrilha seria o que chamamos, na gíria policial, de ‘clínica geral’ (do crime)”, relata o delegado Alberes Félix, adjunto da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV). “Os policiais abordaram o dono da residência e descobriram que tinha uma oficina próxima. E lá foram encontrados quatro motos e cinco carros. Na hora do flagra, tinha um veículo sendo adulterado”, acrescenta. O espaço também estava repleto de notas de dinheiro, sujas com tinta antifurto, que mancham as cédulas quando um caixa eletrônico é arrombado.

Material apreendido - Divulgação/Polícia Civil
O grupo era bem articulado, segundo o delegado Derivaldo Falcão, titular da DRFV. “Tinha o pessoal que praticava os roubos, que eram chamados de ‘bebês do Renato’. Eles pegavam os veículos, que eram clonados na oficina. Os carros e motos eram adulterados para revenda”, explica. O bando chegava a utilizar ácido para fraudar chassi, por exemplo.

“Encontramos lá muitas placas de outros estados e placas cortadas. Vamos investigar para saber se eram reais, fruto de roubo fora de Pernambuco, ou se eram já um material clonado”, pontua Derivaldo.

Material apreendido
- 1 pistola .765 carregada
- 5 carros
- 4 motos
- R$ 8.960,00 em notas, todas sujas de tinta antifurto
- Ferramentas para clonagem de veículo, como motosserra e furadeira
- Documentos dos veículos falsificados
- Placas de diversos estados
- Placas cortadas

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