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Aumenta número de ambulantes permitidos na nova Conde da Boa Vista

Publicado em: 17/09/2019 07:42 | Atualizado em: 17/09/2019 19:23

Prefeitura prossegue implantando as novas paradas de ônibus, em metal e vidro temperado. Foto: Tarciso Augusto/Esp. DP FOTO

As obras de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista estão previstas para acabar em novembro de 2020, mas este prazo pode ser antecipado, caso o serviço continue no ritmo atual.

O projeto foi dividido em seis etapas. A Prefeitura do Recife conseguiu concluir as duas primeiras dois meses antes do esperado. Assim, foi possível antecipar a terceira etapa, prevista para ser entregue em até 180 dias. Outra mudança é quanto ao número de ambulantes que poderão trabalhar na avenida, passando dos 40 previstos inicialmente para 100.

A parte três do projeto compreende a construção da Estação Hospício do BRT, perto do Atacado dos Presentes, e a recuperação dos trechos da avenida que cruzam as ruas José de Alencar e da Soledade (sentido subúrbio/cidade) e da Soledade e Osvaldo Cruz (sentido cidade/subúrbio).

Os 100 ambulantes irão ser abrigados em 50 quiosques, a serem instalados pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) nas calçadas da avenida. Será um quiosque para dois comerciantes informais. Detalhe: somente produtos secos serão admitidos. Alimentos, não.

O número de ambulantes permitidos aumentou, mas não se compara à quantidade estimada pela Associação do Comércio Informal do Recife (cerca de 400) para a avenida. A limitação em 100 pessoas é baseada no cadastro feito pela prefeitura em 2014, que contabilizava 94. “Há o cadastro da prefeitura e o do sindicato. Vamos unificar ele em 15 dias, para definir quem vai ficar com os quiosques. E esse equipamento planejado não é um imprensadinho, cabe dois”, detalha o secretário de Mobilidade e Controle Urbano da capital, João Braga.

Um protótipo do quiosque está instalado no cruzamento da Conde da Boa Vista com a Rua da Aurora. “Tivemos um diálogo extremamente produtivo com todos os atores envolvidos, como universidades e o sindicato da categoria. E chegamos no consenso de um equipamento”, explica o presidente da Emlurb, Roberto Gusmão.

Protótipo do quiosque que abrigará dois ambulantes está instalado no cruzamento da avenida com a Rua da Aurora. Foto: Bruna Costa/Esp. DP FOTO
Duas etapas do projeto serão deixadas para serem executadas no final da requalificação, por serem mais complicados: os trechos entre as ruas Gonçalves Dias e da Soledade e entre a José de Alencar e a Gervásio Pires, ambas no sentido subúrbio/cidade. Neles há uma presença ostensiva de comércio informal.

Um dos destaques do projeto são as paradas de ônibus, basicamente em vidro temperado. Em reportagens anteriores, o Diario de Pernambuco mostrou que o público aprova o equipamento, mas receia a depredação. Para reprimir o vandalismo, serão instaladas câmeras da própria Emlurb na via. “As câmeras serão compartilhadas com a Secretaria de Defesa Social e a Guarda Civil”, explica Roberto.

Foram entregues 10 paradas de ônibus, 10 faixas de pedestres (4 comuns e 6 elevadas), 15 lixeiras e 52 postes de iluminação, com lâmpadas de LED, além de 24 árvores e 38 floreiras. “Eliminamos pontos críticos com nova drenagem, aumentamos a largura das calçadas. Já gastamos em torno de R$ 3 milhões, dos R$ 15 milhões previstos”, detalha.

Nas ruas, a população espera resultados efetivos da nova avenida, como o estudante Joerbson Calixto, de 22 anos. “Até o momento, essas obras não me atrapalharam. Acho que, no final, tudo vai melhorar. Eu espero”, comenta.


Trânsito
Quando a nova Conde da Boa Vista for concluída, não dará mais para o carro comum andar direto pela avenida. A presidente da Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU) explica que só será permitido o veículo andar por uma quadra - entrou por um canto, sai por outro. Exemplo: se uma pessoa entrar na via pelo Derby, no sentido, subúrbio/cidade, terá que sair pela Rua Gonçalves Maia.

“Não há restrição total, mas o projeto visa o benefício direto ao pedestre e ao transporte público, que representa 90% das pessoas que circulam por lá. O número de pessoas que vão de automóvel é de 10%”, justifica Taciana, que também explica a ausência de ciclofaixas na nova configuração da avenida: “Não dá por causa da restrição da calha viária e, principalmente, porque a prioridade ficou para o transporte público. Mas há uma nova rede cicloviária, que irá interligar Santo Amaro até a Ilha do leite, que deve ser implementada até dezembro”.

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