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Trio que matou veterinária fazia assaltos em engenhos

Publicado em: 05/08/2019 15:34 | Atualizado em: 05/08/2019 16:31


Nathália foi assassinada no dia 30 de julho quando saía do trabalho em uma granja no Engenho Monjope, Igarassu. Foto: Reprodução/Facebook

A veterinária Nathália Regina de Andrade Magalhães, 34 anos, perdeu a vida no dia 30 de julho deste ano, vítima de latrocínio quando saía do trabalho. Filha de um policial, ela buscou se firmar na carreira na área de saúde e se preparava para ter um filho, quando teve a vida interrompida. O crime ocorreu em uma estrada de terra no Engenho Monjope, Zona Rural de Igarassu. Para a Polícia, Nathália estava no lugar errado e na hora errada. Antes dela ser abordada no carro que dirigia, pelo menos outros dois carros conseguiram escapar da ação dos bandidos que estavam fazendo assaltos nas terras do engenho. Um Gol e um Ranger Rover perceberam a movimentação dos bandidos e fugiram a tempo. O carro de Nathália estava um pouco atrás e quando ela percebeu o assalto tentou fugir, mas acabou levando um tiro no pescoço por não atender a ordem de parar e descer do carro.

De acordo com a Polícia o autor do disparo foi Fabrício Alves Gomes Ferreira (Galego) de apenas 19 anos e com várias passagens pela Funase. “Ele confessou que atirou porque ela desobedeceu a ordem dele”, contou o delegado Ricardo Silveira. Em cinco dias, a Polícia identificou, localizou e prendeu os três homens suspeitos de participarem diretamente do crime. Além de Galego, preso em Lagoa do Carro, por policiais de Carpina, também foi preso Willams de Oliveira Mendes (Pimpa), 23, que confessou a participação nesse e em outros crimes. E, por último, Erlan Severino Mendes,23, que conseguiu fugir de uma perseguição policial, em Itapissuma, mas acabou se entregando após orientação da família.

Ao levar o tiro no pescoço Nathália ainda conseguiu dirigir alguns metros. Um amigo dela que estava no carro tentou conter o sangue fazendo pressão com a mão e ela ainda tentou tirar o cinto de segurança para sair, mas não conseguiu. O amigo dela conseguiu fugir pelo matagal antes dos bandidos chegarem até o carro para levar os pertences da vítima.

Com a prisão dos três, a Polícia espera ter conseguido barrar uma onda de assaltos nas imediações de engenhos da Região Metropolitana do Recife. Dessa vez, eles começaram os assaltos no dia 29 de julho em Abreu e Lima e roubaram uma Paraty. Depois passaram a usar o veículo nos roubos seguintes. “Eles saíam para assaltar qualquer pessoa. Chegaram a abordar um açougueiro, um caçambeiro e o ajudante dele e eram violentos nas ações”, explicou o delegado Magnno Feitosa.
Willams à esquerda, Fabrício no centro e Erlan à direita são apontados pela Polícia como os autores do latrocínio de Nathália Andrade. Crédito: PCPE Divulgacão

O assalto que terminou com a morte da veterinária foi o começo do fim da carreira de crimes deles. Com toda a Polícia no encalço, eles cometeram erros e tiveram seus endereços descobertos. Na fuga, após o latrocínio perderam o controle da Paraty, na BR-101, na altura do quilômetro 34. Com a pressa de fugir, deixaram no carro os pertences das vítimas, incluindo uma bolsa e o notebook de Nathália. "Eles fizeram muitos assaltos e muitas vítimas estão fazendo o reconhecimento e acreditamos que com a divulgação das imagens deles outras vítimas poderão reconhecê-los”, afirmou o delegado Ricardo Silveira.

A Polícia também investiga a participação de uma quarta pessoa identificada como Giliarde, que fornecia as armas para os assaltos. “O Giliarde confirmou que entregou uma arma a Galego e nas ouvidas, os três confirmaram que Giliarde fornecia as armas e parte do roubo era repassado a ele como pagamento. Nós estamos avaliando se ele será indiciado como partícipe”, contou o delegado Magnno Feitosa.























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