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Procissão em Olinda para o São Salvador do Mundo

Publicado em: 06/08/2019 19:51 | Atualizado em: 06/08/2019 21:28

O andor com a imagem do padroeiro São Salvador do Mundo ficou no altar lateral durante a celebração da missa. Crédito Bruna Costa Esp DP


A Catedral da Sé, no Sítio Histórico de Olinda, ficou lotada ontem para celebrar o dia do padroeiro da cidade, São Salvador do Mundo, um dos nomes atribuídos a Jesus Cristo. Com o feriado municipal, o largo da Sé ficou com cara de domingo e os fiéis católicos cumpriram a tradição para festejar o nome que está acima de todos os nomes. A imagem de São Salvador do Mundo traz Jesus segurando um globo terrestre tendo uma cruz fincada, que representa o mundo cristão. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido dirigiu a celebração e trouxe no seu sermão a importância da solidariedade cristã.
 
“Precisamos ser uma comunidade de fé e de irmãos. Temos responsabilidade e compromisso uns com os outros e de sermos bons samaritanos. Ninguém pode ser omisso”, alertou o religioso. Um dos pontos altos da celebração foi quando o arcebispo destacou no evangelho de São Lucas o episódio da transfiguração de Jesus em imagem luminosa e apareceu para os apóstolos João, Pedro e Tiago. Dom Saburido também chamou atenção do sacrifício do Filho do Homem. “Recebemos a graça para transformar o mundo à luz da palavra de Deus”, destacou.
 
Dona Dilza Maria da Silva, 63 anos, vestiu um manto azul e levou um ramalhete de rosas brancas para cumprir duas promessas de graça alcançada para a filha e uma sobrinha. Há 23 anos, ela vai agradecer ao São Salvador do Mundo o livramento que a filha teve quando tinha cinco anos e quase teve o braço amputado. “Eu fiz uma oração e pedir ao Nosso Senhor que se o braço dela fosse salvo eu viria agradecer todos os anos pelo resto da minha vida e os médicos disseram que não seria mais preciso amputar o braço dela”, contou dona Dilza.
 
No fim da celebração, dona Dilza depositou o manto azul e as rosas no andor da imagem de São Salvador. Durante toda a missa, o andor com a imagem do padroeiro permaneceu na lateral esquerda do altar-mor. Muitos fiéis fizeram orações, tocaram na imagem e tiraram fotos, antes do andor ser retirado para a procissão.
 
A noite já começava quando teve início o cortejo. A saída do andor foi acompanhada pelo repicar dos sinos, chuva de papéis e fogos de artifício. “Faz 50 anos que acompanho todas as procissões da Igreja Católica. Faço com fé e amor”, contou Maria José Gomes, 64 anos. A procissão seguiu pelas ladeiras do Sítio Histórico até a Igreja de São Pedro do Mártir, no Carmo. 

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