INFANTICÍDIO
Polícia prende pai e mãe por suposto enforcamento de criança em Arcoverde
Publicado em: 04/08/2019 16:12 | Atualizado em: 04/08/2019 16:18
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A prisão ocorreu depois que policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) recebeu informações de que havia o corpo de uma criança em um matagal próximo ao habitacional. Após diligências, houve a constatação de que se tratava da criança desaparecida. Após investigações, os pais do menor acabaram por confessar o crime.
A confissão veio do pai, José Evandro Bezerra de Lima, 35 anos. Ele informou que agrediu a criança com socos. Quando percebeu que ela estava desacordada levou-a ao matagal e a matou com enforcamento usando as mãos. Depois que contou o caso a esposa, Andréa Alexandre da Silva, 34 anos, a mulher foi à delegacia e não relatou o ocorrido, limitando-se a registrar um boletim de ocorrência do desaparecimento. Alguns populares informaram à equipe policial militar que o pai, que estava presente no local, fazia uso corriqueiro de bebida alcoólica e que costumeiramente agredia a criança. A polícia ainda não divulgou quais teriam sido a motivação do crime, a serem descobertas após o fim do inquérito policial.
Na residência da família, foram encontradas roupas com sangue, provavelmente da criança, após as agressões que sofreu. Ambos, José Evandro e Andréa, serão apresentados em audiência de custódia e foram presos por homicídio doloso.
Relembre: outro caso de assassinato infantil por parte dos pais
No dia 21 de maio, Silvânia Maria Viana, 23, e Augusto da Silva Cruz, 23, foram presos pela Polícia Civil por terem assassinado a filha de 5 meses de idade, em São Lourenço da Mata. A mãe chegou a sustentar uma versão inicial junto ao Conselho Tutelar do município de que o pai batia na criança por não aceitar ter uma filha menina. Depois, a investigação tomou outro rumo e revelou que ambos eram os autores dos maus tratos. De acordo com a polícia, o casal se incomodava com o choro da criança. "O pai confessou a autoria do crime, e disse que tanto ele quanto a mãe agrediam a criança com socos. Os exames comprovaram que a vítima apresentava fraturas na costela e no crânio", revelou o delegado Diogo Santiago, responsável pelo caso.
As estatísticas mostram, segundo a Polícia, que casos como este são comuns no dia a dia. O delegado faz um apelo. "As pessoas ainda têm uma cultura de ficarem caladas mediante a alguns fatos. Ser conivente com uma situação destas é ruim. É importante que a população entre em contato com o conselho tutelar mais próximo da localidade e formalize a denúncia", alerta Diogo Santiago.
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