° / °

Vida Urbana
Dia Nacional do Voluntariado

ONGs recebem reforço no voluntariado com a presença de cumpridores de penas alternativas

Publicado: 28/08/2019 às 08:12

Foto: Divulgação/Seres./Foto: Divulgação/Seres.

Foto: Divulgação/Seres./Foto: Divulgação/Seres.

Foto: Divulgação/Seres.
A prestação de serviços realizada por cumpridores de penas alternativas em ONGs e abrigos do Recife desperta o interesse em dar continuidade ao trabalho de voluntariado. Muitos deles chegam à entidade por meio de determinação judicial para cumprir a pena e se envolvem com o propósito das instituições. No Dia Nacional do Voluntariado, celebrado nesta quarta-feira (28), o compromisso das pessoas que foram condenadas por crimes de menor potencial ofensivo se torna um reforço para as entidades.

O Centro Social Educacional (Cesc), em Coqueiral, no Recife, é um dos exemplos de entidades que abre as portas para pessoas que cometeram pequenos delitos e receberam da justiça a medida ou pena alternativa. No local existem três em cumprimento de pena e dois que já concluíram sua obrigação com a justiça e se engajaram com a possibilidade de ajudar, ficando como voluntários na instituição.

Israel José  é um deles, e gosta de falar sobre a sua experiência.  “Ser voluntário é ajudar ao próximo sem diferenças e assim foi o meu aprendizado no Cesc de coqueiral. Não sei explicar como eu aprendi a amar as atividades no centro, só sei que é um prazer colaborar com a oportunidade que o estado juntamente com Elisabete, a diretora da instituição, me deram de me conscientizar sobre o meu erro”.

A ONG trabalha no atendimento de crianças e familiares, com reforço escolar, teatro, atividades esportivas e geração de renda. "Não me importa o que eles fizeram e sim a dedicação, o comprometimento e a disponibilidade que demonstram”, comenta a diretora do Cesc, Elizabete Oliveira.

“Nos casos de crimes de menor potencial ofensivo, aqueles que não atentam contra a vida, que não são hediondos, não se justifica a punição com o cárcere. As penas alternativas são viáveis e ressocializadoras”, comenta o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

O Abrigo Lar de Jesus, no bairro da Torre, também faz parte desse grupo que conta com ex-cumpridores como voluntários.  Funcionando desde 1947, o espaço atende hoje a 28 idosas, e ver no trabalho voluntário uma oportunidade para que eles mudem de vida ajudando quem precisa. “Acho que não se deve julgar, a gente tem que ir a luta e dar uma chance a essas pessoas”, diz Andréa Navarro, responsável pela instituição.
Mais de Vida Urbana