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Em setembro, Instituto Maria da Penha ganhará sede no Recife

Publicado em: 08/08/2019 06:30

A vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia, esteve presente na sessão solene - Foto: Bruna Costa/Esp. DP
Em setembro, o Instituto Maria da Penha (IMP) ganhará uma sede no Recife. A representação regional da instituição ficará instalada em uma sala na sede da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco (Seteq), que fica no Recife Antigo. Atualmente, a instituição não tem um ambiente fixo na capital. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (7), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), durante uma sessão solene em homenagem aos 13 anos de decreto da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006).

A solenidade foi proposta pela deputada estadual Gleide Ângelo (PSB). “A Lei Maria da Penha não veio para punir homem. E sim para proteger mulher vítima de violência. O Brasil é o quinto país do mundo que mais se mata mulher. Essa é uma das leis mais eficientes e modernas do mundo, mas precisa ser efetivamente aplicada, com políticas públicas, centros de referência e apoio”, explica. “Muitas acham que violência é só espancamento, mas não é. E a partir do momento que ela sabe como é a violência, ela consegue identificar um relacionamento abusivo e sair dele”, acrescenta.

Estiveram presentes na solenidade as secretárias estadual (Silvia Cordeiro) e municipal (Cida Pedrosa) da Mulher; a desembargadora Deise Andrade; o cônsul-geral do Japão, Jiro Maruashi; a prefeita de Cumaru, Mariana Medeiros; e a vice-presidente do IMP, Regina Célia. Ela recebeu um vaso de orquídeas das mãos de Gleide, ao final da sessão

“Maria da Penha não pôde estar aqui hoje, mas em setembro ela virá”, garante Regina. Ela ajudou a criar o Instituto Maria da Penha em 2009, após insistir muito. “Conheci Penha no finalzinho de 2006. De 2007 para 2008 elaborei o projeto da instituição e em 2009 fundamos o instituto, lá no Ceará”, explica Regina. A instituição se dedica a conscientizar a população sobre a violência contra a mulher, por meio do recrutamento de voluntários. O público-alvo são servidores públicos, setor privado/corporativo, meio acadêmico e as comunidades.

“Trabalhar com formação (de pessoas) é igual criar saneamento básico: não dá visibilidade, mas você só sente a falta quando vive o caos. Trabalhamos através de oficinas, com casos reais de violência, em que mostramos como evitar aquilo, como reconhecer”, acrescenta. Uma das ações do IMP é a formação dos defensores mirins - crianças que recebem noções sobre violência doméstica. Esses jovens fizeram a apresentação de um cordel sobre o assunto.
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