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COOPERAÇÃO

Celulares apreendidos em presídios são entregues a estudantes de cursos de tecnologia

Publicado em: 06/08/2019 17:57 | Atualizado em: 06/08/2019 18:02

O CRC já formou 15 mil jovens em situação de vulnerabilidade em oficinas e cursos. Foto: Ray Evllyn/SJDH/Divulgação.
O Centro de Recondicionamento de Computadores do Recife (CRC) recebeu, nesta terça-feira (6), cerca de dois mil celulares apreendidos em presídios do estado. Os aparelhos foram destinados a estudantes de cursos de tecnologia em situação de vulnerabilidade social.

O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, participou da entrega na sede do instituto, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. Jovens beneficiados pela iniciativa também estarão presentes.

Os alunos do CRC têm perfil de vulnerabilidade socioeconômica. São estudantes de escola pública e moram em cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além de atender pessoas da Região Metropolitana do Recife, a ONG também instalou um centro de ensino em Rio Formoso, Mata Sul do estado.

Um termo de cooperação técnica assinado em abril pela secretaria e o CRC é inédito no país e tem o objetivo de promover aprendizado aos jovens e a preservação do meio ambiente. Na solenidade de assinatura, foram entregues 600 aparelhos.

“As apreensões refletem o fortalecimento do nosso trabalho, com a intensificação das revistas e aquisição de equipamentos como scanners corporais e banquetas de inspeção já em atividade nas unidades prisionais de Pernambuco”, afirmou Pedro Eurico. “Os celulares vêm, agora, para uma instituição séria, ajudando ao meio ambiente e aos jovens que irão poder adquirir uma profissão por meio desse material", completou.

O presidente da associação dos engenheiros ambientais de Pernambuco, Rodolfo Alves, destacou que as pessoas ainda não têm noção do quanto o descarte inadequado de resíduos eletrônicos é nocivo à população. “É economicamente viável fazer o descarte correto, além de, neste caso, contribuir com o projeto social que é desenvolvido", pontuou.

Quando chegam ao CRC, os aparelhos são segregados. O plástico é destruído e descartado conforme a política de descarte de resíduos sólidos. As placas, baterias e vibra calls são transformados em robôs, bengalas e chapéus sonoros para deficientes visuais, entre outras ferramentas. O vidro dos aparelhos pode virar luminárias e quadros.

Em 2018, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) apreendeu 2.410 aparelhos nas 23 unidades do estado. Até julho deste ano, foram 1.572.

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