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Requalificação do Memorial da Medicina de Pernambuco é inaugurada

Publicado em: 09/07/2019 16:04 | Atualizado em: 09/07/2019 16:10

O imóvel de estilo neoclássico é obra do italiano Giacomo Palumbo. Foto: Passarinho/UFPE/Divulgação.
As obras de requalificação do Memorial da Medicina de Pernambuco, na Rua Amaury de Medeiros, 206, bairro do Derby, área central do Recife, foram inauguradas nesta terça-feira (9). O trabalho, realizado de maio a novembro de 2018, incluiu a recuperação geral da coberta, serviços nas instalações elétricas, aplicação de forros e de divisórias de gesso, pinturas internas e externas, além da reforma de sanitários e do gradil externo do prédio.

O imóvel de estilo neoclássico, obra do italiano Giacomo Palumbo, teve a construção iniciada em 1925 e concluída em abril de 1927, quando foi inaugurado. Antes da criação do prédio, a história da faculdade de medicina teve início no século 19, com a inauguração do Hospital Militar no Convento do Carmo, após a Revolução de 1817, ano em que José Eustáquio Gomes iniciou a criação de uma escola de cirurgia. A iniciativa deu origem à posterior formação da Faculdade de Medicina do Recife, que funcionou no prédio da Faculdade de Farmácia, localizada na Rua do Sebo, hoje Barão de São Borja, em 1920, fundada pelo médico e professor Octávio de Freitas.

Depois, a Faculdade de Medicina do Recife funcionou no prédio reformado desde a inauguração, em 1927, até 1958, quando foi transferida para o campus universitário da UFPE, na Zona Oeste do Recife. Considerado patrimônio material e cultural de Pernambuco, o memorial foi tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) em 1984.

Após a integração da Faculdade de Medicina à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o prédio foi transformado em um memorial e, em 1995, passou a ser vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc). Ao longo dos anos, sob a gestão de professores e profissionais da área de medicina, o memorial abriga instituições da área da educação, cultura, memória e letras.

Prédio foi tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) em 1984. Foto: Passarinho/UFPE/Divulgação.
De acordo com a Superintendência de Infraestrutura (Sinfra) da UFPE, o investimento foi de R$ 722 mil. O entorno do memorial também está passando por reformas e projetos, sob a responsabilidade da Prefeitura do Recife. Um deles é o Parque Capibaribe, que tem o objetivo de integrar espaços em torno do rio e simplificar o deslocamento na cidade através de transportes fluviais.

A Praça Octávio de Freitas, situada em frente ao memorial, foi revitalizada e reinaugurada no último dia 29 de maio. Tombada como Jardim Histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2015, a praça conta com paisagismo do arquiteto Roberto Burle Marx e foi nomeada em homenagem ao professor fundador da Faculdade de Medicina do Recife.

Evento


Participaram da cerimônia de inauguração das obras nesta terça o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro; a vice-reitora Florisbela Campos; a pró-reitora de Extensão e Cultura (Proexc), Christina Nunes; o coordenador de implantação do Campus Centro, Luiz Amorim, e o coordenador do memorial, Marcelo Valença. 
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