Religião
Fiéis antecipam ida à Basílica do Carmo para celebrar Nossa Senhora
Publicado em: 15/07/2019 20:46 | Atualizado em: 15/07/2019 20:58
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João Paulo está vestido de amarelo e segura firme uma rosa dourada na mão, enquanto recebe os pingos de água benta. Sem tirar os olhos do movimento do frei, nos braços da mãe, o menino vive o momento pela terceira vez. Desde que nasceu, João frequenta a basílica do Carmo pelo menos uma vez por ano, em dias de festa da padroeira do Recife. Vai renovar os votos de um ser consagrado. A mãe dele, a funcionária pública Fabiana Lopes, 38 anos, tem Lúpus e dedica à Nossa Senhora do Carmo o parto e a saúde de João. Assim como ela, milhares de fiéis preferem guardar espaço na agenda para reverenciar a santa nos dias anteriores ao da missa campal e procissão. Neste ano, espera-se que somente no dia oficial 300 mil pessoas frequentem o santuário.
Fabiana foi acompanhada de João, da mãe e de uma vizinha. “Sempre prefiro vir antes, pois amanhã (esta terça-feira,16), é sempre muito cheio. Minha devoção vem desde a infância, desde pequena que venho com meus pais. Agora, estou passando para a nova geração da família”, diz. Segundo ela, João faz questão de ir. “Ele já está acostumado, veio ainda quando era um bebê. Não preciso nem chamar, ele mesmo pede, lembra”, conta. A vizinha dela, Leonilda Souza, 70 anos, também prefere frequentar a basílica nos dias que antecedem o da procissão. “Sou devota, na verdade, de Nossa Senhora dos Prazeres. Mas acompanho Nossa Senhora aonde ela for. Por isso, estou aqui. Sempre que posso, venho”, disse.
Com a sobrinha no colo, devidamente vestida com um laço amarelo na cabeça, a estudante Fernanda Fortunato, 38 anos, também se antecipa ao dia oficial. “Antigamente, eu vinha mais no dia da procissão. Agora, prefiro vir um ou dois dias antes. É mais tranquilo, com menos tumulto”, diz. Fernanda é devota de Nossa Senhora do Carmo também por uma tradição familiar. “Lembro de vir com minha mãe, mas acho que é algo que antecede até meus pais. Lembro que no sítio dos meus avós tinha uma capelinha dedicada a ela”, conta. A maior graça alcançada por ela, explica, foi o nascimento da filha. “Tive uma gravidez de risco, com muito sangramento, depois de três anos tentando engravidar. Então pedi muito a ela e minha filha nasceu com saúde. Faz 17 anos e, depois disso, minha fé nela ficou muito maior”, lembra.
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Este ano, estão sendo esperadas 300 mil pessoas na Basílica do Carmo durante o dia da padroeira. Ao longo de toda a festa, incluindo os dias antecedentes, são mais de 500 mil pessoas. Público estimado em 200 mil pessoas a mais do que em 2018. A procissão está marcada para depois da missa campal, que começa às 16h. Ela sairá do Pátio da Igreja do Carmo, na Avenida Dantas Barreto, e seguirá pela Avenida Nossa Senhora do Carmo, Avenida Martins de Barros, Praça da República, Rua do Sol, Avenida Guararapes e retorna para a Avenida Dantas Barreto.
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