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Galeria Massangana

Exposição na Fundaj de Casa Forte traz detalhes sobre o Brasil do século 19

Publicado em: 15/07/2019 16:51 | Atualizado em: 15/07/2019 16:59

Foto: Consulado Geral da Alemanha no Recife/Divulgação.
Uma parceria firmada entre a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o Consulado Geral da Alemanha no Recife trouxe à capital pernambucana a exposição "Viagem de Spix e Martius pelo Brasil”, do Instituto Martius-Staden. A mostra apresenta a viagem dos naturalistas bávaros Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich von Martius, realizada entre 1817 e 1820. A abertura será neste sábado (20), às 19h, na Galeria Massangana, no campus Casa Forte da Fundaj, na Zona Norte do Recife. A mostra fica em cartaz até 19 de agosto.

Saindo do Rio de Janeiro (RJ), Spix e Martius percorreram mais de dez mil quilômetros em terras brasileiras, incluindo uma passagem por Salvador (BA), onde escreveram sobre os engenhos do recôncavo baiano e também sobre a Festa do Senhor do Bonfim. Ainda no Nordeste, os naturalistas visitaram, no Sertão, a cidade de Monte Santo, onde estudaram o famoso meteorito de Bendengó.

Enfrentando chuvas torrenciais, ataques de insetos, febres, calor, seca e sede, os cientistas colecionaram cerca de 6,5 mil espécies vegetais e quase 3,5 mil espécies de animais, além de peças mineralógicas e etnográficas. Com a publicação da obra Viagem pelo Brasil - em três volumes, publicados entre 1823 e 1831 -, Spix e Martius tornaram-se referência em muitos assuntos sobre o Brasil oitocentista.

O presidente da Fundaj, Antônio Campos, ressaltou que a parceria cultural e educacional com a Alemanha é estratégica para a instituição. "No plano estratégico da nova gestão, inclusive no momento em que o Mercosul e a União Europeia dão início a um acordo histórico na área econômica de livre comércio, essa exposição é o início da parceria entre a instituição e o Consulado Geral da Alemanha para o Nordeste", afirma.

De acordo com a cônsul geral da Alemanha para o Nordeste, Maria Könning-de Siqueira Regueira, "a exposição é uma ótima oportunidade para entendermos a relevância dos importantes dados coletados pelos naturalistas alemãs sobre o brasil do século 19. Especialmente em 2019, ano de comemoração dos 250 anos do nascimento do grande naturalista alemão, Alexander von Humboldt, que por razões políticas não pode nunca pesquisar in loco a grande biodiversidade brasileira".

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