Operação Mercenários

Polícia prende suspeitos de assaltar empresários e vender os bens no Centro do Recife

Publicado em: 02/05/2019 11:51 | Atualizado em: 02/05/2019 12:01

Foto: Divulgação/PCPE. (Foto: Divulgação/PCPE.)
Foto: Divulgação/PCPE. (Foto: Divulgação/PCPE.)
Uma organização criminosa responsável por cometer, ao menos, quatro roubos a estabelecimentos comerciais e residências foi desarticulada pela Polícia Civil. O grupo já atuou nos municípios do Recife, Moreno, São Lourenço da Mata, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes. Desde o início de março, quando começou a Operação Mercenários, foram presos cinco pessoas suspeitas. 

As investigações apontaram como o líder do grupo criminoso o detento Wellington Marcolino da Silva, de 38 anos, conhecido como "mulambudo", que já cumpre pena por porte ilegal de arma de fogo e receptação no presídio Frei Daminhão de Bozzano, no Complexo do Curado. De acordo com a polícia, ele participou do planejamento do assalto na Granja Santa Ana, em Camaragibe, ocorrido no dia 10 do último mês de abril. 

Ele já estava sendo procurado desde a operação "Blindado", deflagrada no início deste mês de março. "Aprofundando as investigações chegamos nos outros quatro elementos e pleiteamos a assessoria do nosso núcleo de inteligência, que deu todo o aparato com relação à rotina dos suspeitos e nos levou à lograrmos êxito nas prisões, buscas e apreensões", disse o delegado João Leonardo, titular da Delegacia de Roubos e Furtos.

Outros suspeitos são Eduardo dos Santos, 38, que possui antecedentes de porte ilegal de arma de fogo e receptação, além de André Lucas Ferreira Diogo, 34, com passagem na polícia por roubo, associação criminosa e homicídio qualificado. Após as prisões desses três suspeitos, a polícia conseguiu chegar em mais dois: Ednaldo Alexandro dos Santos, 30, com histórico criminal por porte de arma, furto e roubo; Zaqueu José da Silva, 29, que já havia sido preso por porte de arma.

Foto: Divulgação/PCPE. (Foto: Divulgação/PCPE.)
Foto: Divulgação/PCPE. (Foto: Divulgação/PCPE.)
Os suspeitos analisavam as rotinas de empresas e dos empresários, os valores dos depósitos de malotes em bancos e estimavam a quantidade de dinheiro movimentado pela empresa. A partir daí, aguardavam a melhor oportunidade para cometer os crimes. "No momento da prisão dos elementos, nós objetivamos apreender os celulares utilizados por eles. Já devidamente autorizados judicialmente, acessamos os aparelhos e verificamos uma prestação de contas", contou o delegado. Os assaltantes passavam para o chefe do grupo a quantidade de dinheiro que seria roubada. "Havia promessa, por exemplo, de R$ 50 mil, e quando cometeram o assalto havia R$ 10 mil. Então eles passavam essa prestação de contas de todo o apurado no assalto para o chefe do bando", detalhou João Leonardo.

Os suspeitos foram indiciados por roubo qualificado e associação criminosa. Os objetos roubados eram divididos entre os membros da organização criminosa, que vendiam no centro da cidade do Recife como camelôs. Foram apreendidos nesta operação seis laptops, sete tvs, dois monitores, jóias, celulares, câmeras fotográficas, cinco ventiladores, um climatizador, dois pneus, ferramentas, mochilas, fardamentos de empresas e capacetes. Todo o material apreendido já foi devolvido aos proprietários, que foram chamados na delegacia para resgatar os bens.

De acordo com os relatos, os assaltantes eram violentos durante as abordagens. "Especificamente com esse roubo na granja de Camaragibe, eles chegaram a amarrar todas as vítimas e passaram cerca de 30 minutos dentro da empresa sempre de arma em punho e ameaçando todas as vítimas com o revólver em suas cabeças. Uma das vítimas chegou a reconhecer a arma de fogo utilizada pelo suspeito Zaqueu. Ela não chegou a reconhecê-lo, mas ao ver a arma de fogo ela começou a tremer e chorar", disse.

Crimes evitados
Outros crimes estavam sendo planejados pelo mesmo grupo. Uma das investigadas, inclusive, estava marcada para acontecer nesta quinta-feira (2). A quadrilha iria cometer um assalto a uma residência localizada em Camaragibe. Segundo detalhou a polícia, a vítima ficaria amarrada dentro da casa do cachorro enquanto os assaltantes levariam os pertences.
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