educação
Estudantes criam ecobarreiras com garrafa pet
Publicado em: 12/05/2019 12:02 | Atualizado em: 12/05/2019 12:08
Alunos do 7º ano da Escola Municipal Professor Antônio de Brito Alves, na Mustardinha, desenvolveram um projeto de uma barreira sustentável capaz de reduzir a quantidade de resíduos sólidos despejados no canal próximo à escola. Chamado de Ecobarreira: estratégias de educação sustentável para recuperar o canal do ABC, a iniciativa é resultado de um trabalho científico produzido pelos próprios alunos e entra em fase de testes nesta segunda, às 14h. A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) vai ajudar no processo.
Criado a partir de pequenas garrafas pets conectadas umas às outras através de um cabo até formar uma grande rede, o protótipo será instalado no canal com a função de criar uma barreira e, assim, fazer com que o lixo seja detido e não siga o fluxo das águas. A ideia é instalar várias estruturas semelhantes ao longo do canal e, como os materiais são recicláveis, o custo é quase zero.
"Este projeto originou-se em 2015, intitulado de Água, um bem precioso, porque identificamos a necessidade de conscientizar os alunos a reduzir os resíduos sólidos e destinar corretamente os descartes produzidos nos ambientes públicos e entornos do canal do bairro. Ao longo dos anos, o projeto foi crescendo e envolvendo toda a comunidade, até chegar no ano passado, quando desenvolvemos o projeto da EcoBarreira, uma alternativa pioneira de estratégia sustentável na cidade, que conquistou o primeiro lugar na Feira de Conhecimentos do Recife, e credenciamento para uma feira científica no Paraguai", explicou a professora Maria Lopes, uma das orientadoras, junto com os professores Alexandre Conte, Taciane Pires dos Santos e Valdizia Xavier Duarte.
Os estudantes desenvolveram diversas competências ao longo do projeto, como capacidade de auto avaliação, pesquisa, resolução de problemas, criatividade, raciocínio tecnológico, além de se envolverem ativamente com as questões relacionadas aos impactos ambientais da comunidade. No teste desta segunda, os alunos acompanharão todas as etapas de criação e instalação dos protótipos e, em parceria com a Emlurb, será verificado qual protótipo melhor se adaptará e também serão monitorados quais pontos de coleta captarão maiores volumes de resíduos sólidos.
O professor Alexandre Conte explica que o projeto está longe de acabar. "Os alunos farão gráficos e tabelas para registrar quais são resíduos mais comuns e qual volume de sujeira despejado por período de tempo. Além destas atividades, os estudantes farão trabalhos de campo nas ruas no bairro da Mustardinha com o intuito de divulgar o papel da escola na preocupação com a preservação da comunidade e também promoverão palestras nos diferentes turnos da escola."
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